O primeiro-ministro confirmou esta sexta-feira que esteve reunido a 15 de Novembro de 2007 com o ex-presidente do conselho de administração do Banco Português de Negócios (BPN), José Oliveira e Costa, a pedido do mesmo.
Numa nota do seu gabinete oficial, José Sócrates diz que nessa audiência foi-lhe comunicada a possibilidade de alteração da composição accionista do BPN. Sobre esta matéria, o porta-voz do Governo diz que «não expressou nem concordância nem discordância tendo-se limitado a remeter o assunto para a entidade de supervisão com competências na matéria, o Banco de Portugal».
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Além disso, Sócrates sublinha que na referida audiência não lhe foram apresentadas «quaisquer informações sobre dificuldades ou problemas internos» do BPN.
Acta diz que Sócrates e BdP sabiam de tentativa de venda
Esta é a reacção do primeiro-ministro às actas entregues aos deputados pelo ex-presidente do Conselho Superior da Sociedade Lusa de Negócios, Rui Machete, e que dão conta de que tanto Sócrates como o BdP sabiam da tentativa de Oliveira e Costa de vender parte do BPN ao grupo Carlyle.
A razão apresentada para o contacto de Oliveira e Costa com o primeiro-ministro foi, segundo Rui Machete, a questão de se saber se «o banco devia manter-se em mãos nacionais» ou não e se havia oposição a isso, tendo em conta que o plano iria contra algo que o próprio Oliveira e Costa sempre defendera.
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