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Governo diz que desaceleração agrava-se mas ainda mantém metas

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(Noticia actualizada com mais pormenores)

O ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, mostrou-se esta quinta-feira no Parlamento mais pessimista, dado agravar dos riscos económicos, mas acabou por reiterar, para já, as metas que constavam do Orçamento de Estado para 2009.

No seu discurso inicial, na Comissão de Orçamento e Finanças que decorre no Parlamento para debater o OE2009 na especialidade, Teixeira dos Santos diz que a «desaceleração do crescimento» que se está a verificar deve «continuar em 2009», mas ainda não apresentou nenhuma revisão em baixa para o Produto Interno Bruto.

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Ao contrário, falou na manutenção da taxa de desemprego este, e no próximo, ano em 7,6%, embora admita que a deterioração económica se pode reflectir no mercado de trabalho.

Toda a oposição diz-se boquiaberta e protestou perante com a falta de conclusões que o ministro está a retirar após o reconhecimento dos maiores riscos, como admitiu. Pedem, por isso, mais rigor no cenário macroeconómico, pedindo revisão de metas.

Mais tarde, Teixeira dos Santos explicou porque mantém para já aqueles que eram os objectivos, antes do agravar da crise. «Não tenho dúvidas que os riscos e as incertezas são maiores e que o cenário inscrito no Orçamento também está agora envolto em maiores riscos», mas se fossem olhar apenas para os cenários macroeconómicos, dada conjuntura em que vivemos, «seriamos obrigado a rever (as metas) todas as semanas», disse.

O mais importante são as medidas

«Mas parece-me que o mais importante do que andarmos a rever metas é sabermos se as medidas que constam deste Orçamento são as mais ajustadas, ou não, para fazer face às dificuldades que aí vêm. E sim: este é um Orçamento que visa responder aos desafios e dificuldades das empresas e das famílias», justificou.

O ministro adiantou ainda que a previsão para a inflação (de 2,9% este ano e de 2,5% para 2009) é a «mais elevada entre todas as previsões» de organismos internacionais e até do Banco de Portugal.

Recorde-se que no OE2009, o Governo prevê uma taxa de crescimento do PIB de 0,8 por cento este ano, desacelerando para 0,6% no próximo ano.

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