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Portugueses gastam mais com a casa e menos com a alimentação

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Mais despesas com hotéis, restaurantes, lazer e distracção

As despesas com produtos alimentares e bebidas não alcoólicas têm vindo a perder o seu peso nos gastos totais dos portugueses. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), nos últimos cinco anos estas despesas passaram de 18,7% para 15,5% do total das despesas.

Pelo contrário, nota-se um aumento da importância relativa das despesas das famílias com Habitação, Água, Electricidade e Gás, passando de 19,8% para 26,6% entre 2000 e 2005/06.

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De acordo com o Inquérito às Despesas das Famílias 2005/2006, verifica-se que mais de metade (55%) das despesas dos agregados familiares se concentravam em três grandes grupos de produtos: Produtos Alimentares, Habitação e Transportes.

Embora se mantenha o perfil da estrutura da despesa registado nos últimos anos na sociedade portuguesa, é de notar que em 2005/06 se acentua a importância relativa das despesas com Habitação (26,6%). Estas despesas passam, desde 2000, a constituir a principal afectação das despesas familiares, reflectindo também o maior aumento proporcional no total da despesa, o que correspondeu a um acréscimo de 6,8 pontos percentuais (p.p.). «Para este comportamento foi determinante a importância crescente da habitação própria, cuja auto-avaliação se traduziu num peso de 70% sobre a despesa associada à habitação», refere o INE.

Por outro lado, manteve-se a tendência de perda de peso da despesa em Produtos Alimentares na composição das despesas familiares. Em duas décadas e meia, estas despesas reduziram-se para cerca de metade da sua importância relativa, passando de 29,5% em 1989/90 para 15,5% em 2005/06.

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Gastamos menos em roupa, comunicações e decoração

Nota-se ainda um aumento da importância relativa adquirido pelos grupos de produtos Hotéis e Restaurantes, Saúde, Lazer, Distracção e Cultura e Ensino.

Pelo contrário, constata-se a diminuição da importância relativa das despesas em Vestuário e Calçado, Móveis, Artigos de Decoração e Equipamentos Domésticos, Transportes, Bebidas Alcoólicas e Tabaco e Comunicações.

Em síntese, e para o período de 2000 a 2005/06, registaram-se quebras no peso de todos os grupos afectos ao consumo de bens, com especial relevância para os Produtos Alimentares e Bebidas não alcoólicas, pela expressão elevada e tradicional do seu peso na despesa total e pela intensidade da quebra verificada (3,2 p.p.), a que se segue igualmente a quebra da importância relativa das despesas em Vestuário e Calçado (2,5 p.p.).

Em contrapartida, sobressai, para a maioria dos serviços, o aumento da sua importância relativa: Hotéis e Restaurantes, com mais 1,3 p.p; Saúde e Lazer e Cultura, cada um com mais 0,9 p.p. e Ensino, com mais 0,4 p.p.. A excepção significativa ocorreu nos Transportes com uma quebra de 2,1 p.p..

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Despesas em alimentos e saúde mais relevantes nas áreas rurais

A análise da composição das despesas dos agregados familiares segundo o grau de urbanização da sua área de residência permite concluir, independentemente do grau de urbanização, por um perfil idêntico de concentração da despesa nos três principais grupos de produtos (Habitação, Produtos Alimentares e Bebidas não alcoólicas e Transportes).

Porém, os agregados familiares das áreas predominantemente rurais afectam uma maior fracção da sua despesa total aos Produtos Alimentares e Bebidas não alcoólicas (19%) e à Saúde (8%) quando comparados com os residentes em áreas urbanas ou com a média nacional (16% e 6%, respectivamente).

Por outro lado, as despesas em Lazer e Cultura e em Ensino detinham uma importância relativa igual à média nacional nas áreas predominantemente urbanas (6% e 2%, respectivamente), representando, todavia, o dobro da proporção das despesas afectas àqueles serviços por parte dos residentes em áreas rurais.

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