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Sócrates diz que pessimismo não cria postos de trabalho

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Portugal ultrapassa Itália e Grécia no investimento em desenvolvimento científico

O primeiro-ministro, José Sócrates, disse este sábado que «o pessimismo nunca criou um posto de trabalho».

Além disso, apesar da crise, Portugal vai continuar a apostar no desenvolvimento científico, numa altura em que o país ultrapassou a Itália e a Grécia em termos de investimento, explicou ainda o chefe do Governo.

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«Mesmo nesta crise o momento é para dizer que não podemos abandonar a visão de médio e longo prazo que o país deve ter, a aposta no conhecimento, qualificação e ciência», frisou José Sócrates, citado pela agência Lusa, quando falava na Alfândega do Porto, no encerramento de uma sessão do programa Novas Fronteiras.

O primeiro-ministro afirmou que ia falar dos problemas económicos e financeiros «não para contribuir para essa indústria tão próspera que é a caracterização da crise», mas para citar Keynes que, na crise de 1929/34, numa carta ao presidente Roosevelt, afirmou que eram necessários dois tipos de medidas, as de curto prazo para resolver os problemas concretos, outras de médio e longo prazo, de aposta no conhecimento e qualificações.

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«Foi só uma questão de convencer os outros ministros para a necessidade de aumentar até um por cento a despesa na ciência e digo-vos que não foi uma tarefa difícil», afirmou.

Um salto «surpreendente»

Esta aposta acontece, disse Sócrates, numa altura em que o Innovation Score Board, «o índice mais importante para avaliar a capacidade inovadora dos países da Europa», registou o «surpreendente» salto de Portugal do 22º lugar para o 17º.

«Subimos cinco lugares, mas o mais surpreendente é que mudámos de escalão, abandonando aquele em que sempre estivemos para integrar o dos países moderadamente inovadores, à frente da Itália e da Grécia e ao lado de Espanha», disse.

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O primeiro-ministro considerou que este salto se deveu ao «investimento do país na elevação do seu potencial científico», nomeadamente com a atribuição de um por cento do PIB para a ciência, e apontou vários números que disse serem resultantes desta opção, nomeadamente a existência de cinco investigadores por cada mil trabalhadores, duas mil bolsas anuais para doutoramento e, «pela primeira vez em Portugal», um investimento das empresas em investigação superior ao do Estado.

«Isto são números impressionantes. E só mesmo a pobreza do discurso político em Portugal é que permite que haja partidos que, face a eles, se limitem a dizer que o Governo trabalha para estatísticas», afirmou, sublinhando que o Governo transformou desde o início do seu mandato «a ciência numa prioridade estratégica».

«Eu sei bem o que querem dizer com isso. É que houve um tempo em que em Portugal a regra era não medir nada porque assim disfarçávamos melhor o nosso insucesso e mesmo a nossa mediocridade. Medir é sempre imperfeito, mas a medição ajuda-nos a nos compararmos com anos anteriores», acrescentou.

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