A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou esta terça-feira que só foi aberto um processo em relação aos CTT-Correios de Portugal e que continua em investigação.
«O processo relativo aos CTT continua em investigação, havendo um único processo. Estão a ser investigadas, entre outras, as situações que foram descritas nas auditorias realizadas», refere a PGR numa informação transmitida à Lusa, sem adiantar mais detalhes.
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O processo relativo aos CTT prende-se com suspeitas da prática de crimes de administração danosa, infidelidade e corrupção passiva, segundo a comunicação social.
Um dos casos em investigação prende-se com a venda de um edifício dos CTT em Coimbra, a 20 de Março de 2003, por 14,8 milhões de euros, a uma empresa, que o revendeu no mesmo dia por 20 milhões.
A verdade é que os actos de gestão de Horta e Costa têm sido polémicos. Tal como foi recentemente anunciado pela Agência Financeira (AF), os Correios entregaram a sua frota, com cerca de 3 mil viaturas, ao Grupo SLN (Sociedade Lusa de Negócios, até aqui dono do BPN), em 2005, apesar deste ter apresentado o valor mais elevado.
O Grupo SLN pediu 15,4 milhões de euros para fazer esse aluguer operacional de veículos (AOV) num horizonte de 5 anos, considerando a retoma da frota e custos directos e indirectos. Um valor que, de acordo com o mesmo relatório, ficava acima do que era gasto pelos próprios CTT e que rondava os 12,3 milhões de euros.
A empresa recebeu ainda propostas da Europcar, Leaseplan, ALD, Arval, Finlog, Banif e Classis, mas estas últimas não foram tidas em conta por não ter sido considerada a retoma da frota CTT.
As suspeitas em causa por parte da PGR incidem sobre a administração dos CTT quando era presidida por Carlos Horta e Costa, que já rejeitou qualquer acusação de má gestão.
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