Para o presidente da Iberdrola Portugal, Joaquim Pina Moura, o mercado da energia tal como está construído é apenas o resultado da «civilização humana».
«O mercado não é um problema ideológico, é uma criação da civilização humana. Poderíamos caminhar para um mecanismo estatizante, mas isso seria um erro», afirmou, na comissão parlamentar «energia sustentável, um novo desígnio», esta segunda-feira.
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Pina Moura crítica assim as tarifas reguladas, defendendo mais uma vez que estas «distorcem (o mercado)». No entanto, mostra-se satisfeito com as tarifas para 2009, anunciadas pelo regulador há duas semanas. «Vejo como muito significativo o aumento que sofreram porque ainda há um elemento distorçor da qualificação e quantificação dos custos da energia. Tem que ser feito de um forma progressiva».
Por seu lado, também o presidente da EDP, António Mexia, já se tinha manifestado contra o facto do preço da electricidade não reflectir os custos reais de produção da mesma e que esta «transição seja suave».
«Espero que em 2009 sigamos mais além nesse caminho e que possamos, num prazo relativamente curto, libertar de um tarifa regulada, que contribui para agravar o problema entre a proporção dos custos e os preços finais aos consumidores» terminou Pina Moura.
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