Com a taxa de desemprego a aumentar, a grande maioria dos bancos portugueses tenta proteger o ordenado dos clientes com crédito habitação. Para isso, está apostar no relançamento de seguros com vista a proteger esse risco.
A Caixa Geral de Depósitos avançou com um «seguro de desemprego e baixa médica» e o BES seguiu o exemplo, ao lançar, em Fevereiro o «seguro protecção salário», que garante uma percentagem da remuneração em caso de desemprego involuntário, avança a Lusa.
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Já o BCP encontra-se a estruturar um produto com estes contornos, no entanto, a instituição financeira garante que «ainda não estão previstas datas para lançamento».
Esta «moda» estende-se também ao BPI que aposta num produto mais alargado, estando incluída esta protecção.
Quanto ao Santader Totta está a entrar em contacto com os seus clientes, e cujas coberturas de seguro não previam o desemprego involuntário, a «relembrar» que desde 2007 tem um «plano protecção ordenado» disponível.
Raio-x destes seguros
O que é certo é que o valor do prémio (custo mensal) destes seguros depende do capital concedido para financiar a compra da casa, o valor do ordenado da pessoa segura, ou ainda incidindo sobre o valor da prestação mensal do empréstimo.
Os produtos destinam-se a trabalhadores por conta de outrem em caso de desemprego involuntário quando se prolongue por um período de mais de 30 dias consecutivos ou 60 dias consecutivos, consoante o banco.
As indemnizações também diferem, com o produto da CGD, por exemplo, que incide sobre o valor da prestação mensal do empréstimo, a ter um limite máximo de 1.700 euros, ou o Santander a garantir 25 por cento do ordenado mensal domiciliado da pessoa segura, no máximo de 625 euros por mês.
No BES, o limite da indemnização é de 35 por cento a 50 por cento da remuneração mensal, no máximo de 500 euros a mil euros, dependendo da modalidade do «seguro protecção salário» escolhida, sendo que o produto deste banco também é destinado a clientes que trabalhem por conta própria.
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