As exportações portuguesas registaram um decréscimo de 15,8 por cento e as importações de 34,5%, no trimestre terminado em Fevereiro passado, face ao período homólogo do ano anterior (Dezembro de 2007 a Fevereiro de 2008), determinando, assim, um desagravamento do défice da balança comercial com os países terceiros em 971,5 milhões de euros.
Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quinta-feira, a taxa de cobertura das importações pelas exportações aumentou 16,7 pontos percentuais (p.p.), quando comparada com igual período do ano anterior, cifrando-se agora nos 75,1%.
PUB
No período considerado destacam-se, em termos homólogos, os decréscimos nas importações de combustíveis e lubrificantes, fornecimentos industriais e material de transporte e nas exportações de combustíveis e lubrificantes.
Excluindo os combustíveis e lubrificantes, no período de Dezembro de 2008 a Fevereiro de 2009, constata-se que as exportações diminuíram 9,8% e as importações 18,9%, relativamente a igual período do ano anterior.
Saldo da balança comercial atinge «superativ» de 154,5 milhões
O saldo da balança comercial, com exclusão deste tipo de produtos, atingiu um «superavit» de 154,5 milhões de euros e a correspondente taxa de cobertura foi de 109,7%, enquanto que nos resultados globais (incluindo os combustíveis e lubrificantes) se registou um défice de 626,1 milhões de euros, com uma taxa de cobertura de 75,1%.
Estes valores demonstram «claramente» a importância dos combustíveis e lubrificantes no Comércio Extracomunitário e o seu impacto no saldo da balança comercial com os países terceiros e, consequentemente, na taxa de cobertura. No período em análise, este tipo de produtos correspondeu a 7,7% do total das exportações e 36,8% das importações.
Em termos homólogos mensais, os resultados globais preliminares do comércio com os países extracomunitários revelam grandes quebras, tanto nas importações como nas exportações de bens, em Fevereiro de 2009 (menos 54,3% e menos 25%, respectivamente).
PUB