O ministro da Economia congratulou-se esta sexta-feira com a notícia de que a Autoeuropa vai produzir o sucessor da Volkswagen Sharan, mas disse que os novos modelos do construtor germânico constituem um desafio para os fornecedores portugueses, avança a «Lusa».
A fábrica de automóveis da Autoeuropa, em Palmela, vai construir um veículo que substitui a Volkswagen Sharan, disse hoje à agência Lusa Manuel Martins, da comissão de trabalhadores da empresa.
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«O director-geral da Autoeuropa informou-nos ontem (quinta-feira) que iríamos construir o veículo sucessor da Sharan, mas não adiantou datas, nem outros pormenores», disse Manuel Martins.
Recorde-se que o director-geral da empresa, Jorn Reimers, já tinha anunciado em conferência de imprensa, na quarta-feira, que a Autoeuropa pretende atingir uma produção diária de 800 automóveis em 2010, duplicando a de 2007, e prevê um aumento de 2.000 postos de trabalho.
Jorn Reimers admitiu ainda que o quarto modelo, a juntar aos VW Eos e Scirocco e aos novos monovolumes (MPV), «pode ser o Pólo», mas sublinhou que a decisão «ainda não está tomada».
Vencer desafio da qualidade
Em declarações à agência, o ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, congratulou-se com a decisão da Volkswagen, especialmente numa altura em que nota um abrandamento do crescimento a nível internacional, mas alertou que é necessário vencer um novo «desafio da qualidade».
«Isto é mais significativo numa altura em que a conjuntura internacional não é a melhor», disse Manuel Pinho, apontando que a concretização deste projecto é, apenas, um exemplo de um dos investimentos conquistados para o país.
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«Mostra que se fez o trabalho de casa», disse Pinho.
No entanto, o ministro alerta que o desenvolvimento da Autoeuropa representa, também, um desafio para os fornecedores, que tem de ser vencido, contando as empresas, para isso, com «o trabalho activo do Ministério da Economia».
«Há aqui um desafio de qualidade, porque uma coisa é fornecer para uma empresa monoproduto e outra é fornecer para uma empresa que vai ter quatro modelos a ser construídos», explicou.
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