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Empresas recorrem sobretudo ao congelamento de salários

Maioria das organizações não pensa mudar estratégia de investimento nos planos de reforma

Há sinais de abrandamento na redução drástica de postos de trabalho, remunerações e benefícios até ao final do ano. No que respeita a remunerações, a solução mais utilizada pelas empresas foi a de congelamento de salários ou adiamento dos aumentos face à alternativa de implementação de cortes salariais, de acordo com o estudo «Leading Through Unprecedented Times» da Mercer.

«As empresas a nível mundial estão divididas equitativamente quanto aos seus custos referentes a salários base em 2009, face a 2008. Em 31% dos casos os custos de 2009 serão mais altos do que os de 2008, 33% serão iguais e em 36% menores que no ano anterior», refere o mesmo.

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Nos passados seis meses, 51% das empresas congelou os aumentos salariais nos níveis de pagamento de 2008 a, pelo menos, uma parte dos colaboradores; 32% congelou totalmente os aumentos; 30% diferiram aumentos e apenas 13% diminuíram os salários comparativamente a 2008.

Tendo em consideração o pagamento dos bónus anuais, 57% das empresas projectaram bónus mais baixos para 2009 (baseados na performance de 2008) comparativamente com os bónus de 2008 (baseados na performance de 2007). Apenas 20% garantem pagamentos de bónus mais elevados em 2009, comparativamente a 2008.

Benefícios de reforma

Relativamente aos planos de contribuição definida, 73% das empresas não planeiam reduzir o seu nível de contribuições até ao final de 2009. No entanto, 14% já o fez nos últimos seis meses. Até à data, 1/3 reviu as directrizes do seu fundo global (32%) e 33% procederam à revisão dos investimentos e comissões administrativas, enquanto 43% pondera.pensa fazê-lo até ao final do ano.

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Quanto aos planos de benefício definido, 37% das organizações pretendem compreender melhor as condições actuais dos seus planos e tomar medidas para reduzir o risco inerente a estes. Nos seis meses anteriores ao inquérito, 34% já o fizeram.

38% das empresas estão predispostas a mudar a estratégia de investimento de modo a reduzir o risco, ao passo que 25% prevêem alterar as suas políticas de financiamento; 14% e 12%, respectivamente, já o fizeram. Apenas 16% das empresas devem cortar ou parar as suas contribuições até ao final do ano, algo já concretizado por 10%:

Benefícios de saúde

Em períodos de recessão é habitual assistir-se a um aumento da utilização dos benefícios de saúde. Apesar desta tendência a maioria das empresas (94%) não eliminou nenhum dos seus programas correntes, de forma a controlarem as despesas para este ano. Em vez disso, optaram pela partilha de custos destes programas com os colaboradores, medida que será seguida por muitas empresas em 2010.

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Ao longo dos últimos seis meses, 29% dos inquiridos adicionaram programas de bem-estar e 38% reportaram que planeiam fazer o mesmo.

Pouco mais de um quarto das empresas aumentaram as contribuições. O aumento de contribuições pelos colaboradores é mais comum nos Estados Unidos (45%) e entre empresas com mais de 10 mil colaboradores (34%).

De referir que este estudo, realizado em Maio a nível global, inclui respostas de mais de 2.100 organizações, com operações em mais de 90 países, incluindo Portugal.

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