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Cadilhe considera «vital» que a sua candidatura seja votada na AG

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Para o ex-ministro a fusão das duas candidaturas seria um «mau começo»

O candidato a presidente do BCP Miguel Cadilhe considerou esta sexta-feira «vital» que a sua lista chegue a votação na assembleia-geral, porque pretende que fique registado «o acto de cidadania», mesmo que não vença os «compromissos» que apoiam a lista de Santos Ferreira.

«A minha proposta nasce de um acto de indignação, em fins de Dezembro», disse Miguel Cadilhe, em declarações à «Lusa».

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«É vital que vá à assembleia-geral. Se não vencer os compromissos, ficará o acto de cidadania, que para mim e para quem me acompanha não é, seguramente, o menos importante», sublinhou.

O ex-ministro das Finanças de Aníbal Cavaco Silva e ex-administrador do Banco Comercial Português (BCP) apresentou uma lista para o conselho de administração do maior banco privado português em Dezembro, no último dia do prazo.

Os accionistas do BCP vão escolher, a 15 de Janeiro, na assembleia-geral extraordinária, um novo conselho de administração, entre duas propostas, liderada uma por Carlos Santos Ferreira e outra por Miguel Cadilhe.

Fusão seria «mau começo»

Cadilhe disse ainda que a possibilidade de fusão entre as duas listas candidatas foi, desde o início, «liminarmente afastada», por entender que «a lista eleita deverá ter plenas condições de coesão e comando para bem administrar o banco».

«(A fusão das listas) seria uma solução de cedências em coisas essenciais e revelar-se-ia um mau começo», justificou.

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Para Miguel Cadilhe, no caso de a sua lista sair derrotada na assembleia-geral de terça-feira, a sua candidatura terá servido sobretudo «para lembrar».

«(Servirá para) lembrar a todos que ainda há valores e princípios. E muita gente me diz que a lembrança vai perdurar», disse o candidato.

Cadilhe assegurou que, independentemente do resultado das eleições, se manterá como accionista do BCP, no qual detém, segundo os dados da reunião magna de accionistas de Agosto de 2007, mais de 230 mil títulos.

Na assembleia-geral extraordinária de 6 de Agosto de 2007, as acções detidas por Miguel Cadilhe foram representadas pelo fundador e ex-presidente do conselho geral e de supervisão do banco, Jorge Jardim Gonçalves.

O economista foi, entre 1997 e 2001, administrador executivo do Banco Português do Atlântico (BPA) e, posteriormente, do BCP e empresas do grupo.

Depois das notícias que indicavam que todos os que foram administradores do BCP desde 1999 estavam sob suspeita no âmbito da investigação que está a ser feita pelo Banco de Portugal, Cadilhe diz que pediu satisfações sobre o assunto ao governador, Vítor Constâncio.

«Pedi-as e logo as obtive, em conversa com o governador, no dia 28 de Dezembro», disse, acrescentando que «a clarificação» que pretendia «já está conseguida».

As acções do BCP fecharam a cair 2,59% para os 2,63 euros.

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