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Ministro diz que melhoria do défice assentou na redução da despesa pública

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O ministro das Finanças disse esta segunda-feira que a melhoria do défice orçamental para os 4,6 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2006 foi conseguida sobretudo à custa da redução da despesa pública.

Em conferência de imprensa depois do anúncio dos números das contas públicas, em contabilidade nacional, divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística, Fernando Teixeira dos Santos afirmou que a redução da despesa pública contribuiu em cerca de 80 por cento para a melhoria do défice orçamental, avança a «Lusa».

Os números do INE não permitem confirmar esta afirmação porque não vem discriminada a receita e despesa pública, mas apenas os saldos das administrações centrais, local e a segurança social.

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O ministro garantiu que a consolidação orçamental que está a ser feita «é virtuosa» e assenta na «contenção e na redução da despesa pública».

«Esta consolidação tem condições para ser sustentável e para permitir reduzir o défice para valores bem abaixo dos 3% e sem correr o risco de recaída», acrescentou o governante.

Recordo que o Instituto Nacional de Estatística (INE) anunciou esta segunda-feira que o défice público ficou em 3,9% do PIB em 2006, abaixo dos 4,6% previstos inicialmente pelo governo e abaixo dos 6% registados em 2005.

O resultado hoje conhecido foi «muito positivo», acrescentou o ministro, e melhor do que o esperado.

Além disso, «mostra aos portugueses que os esforços que lhes têm vindo a ser pedidos, em função do desequilíbrio das finanças públicas, estão a valer a pena», continuou o governante.

Ministro garante que dívida pública está controlada

Teixeira dos Santos destacou ainda que o montante da dívida pública também está a ser controlado, tendo ficado abaixo do valor esperado (ficou nos 64,7% do PIB, contra os 67,4% orçamentados).

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«Trata-se de um factor positivo para a confiança dos agentes de mercado, quer nacionais quer internacionais», afirmou o ministro referindo à dívida pública.

O membro do Executivo lembrou ainda que a redução do défice orçamental está a ser feita sem quaisquer medidas de natureza extraordinária, sendo sobretudo resultado de políticas que o governo implementou, tanto ao nível do combate à fraude e evasão fiscais como pelo controlo, contenção e redução da despesa pública.

Questionado sobre se a contenção da despesa pública terá sido apenas à custa de cortes no investimento, Teixeira dos Santos afirmou que houve despesas correntes que baixaram de uma forma «significativa», nomeadamente as despesas com o pessoal e com a aquisição de bens e serviços.

«Foi toda a despesa que contribuiu para este esforço de consolidação», concluiu.

Questionado sobre a possibilidade de estarem reunidas as condições para uma descida dos impostos, Teixeira dos Santos disse que tal seria «irresponsável» e uma «demagogia».

Para Teixeira dos Santos, a carga fiscal só poderá baixar num quadro de défice «bem abaixo» dos três por cento do PIB.

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