Um inquérito realizado junto de duas mil mulheres de norte a sul do país concluiu que 75,1 por cento das mulheres que já fizeram abortos pretendem votar a favor da despenalização e que 16,7% destas não pretende participar na votação, avança esta terça-feira a «Lusa».
O estudo salienta, no entanto, que 8,2% das mulheres que já abortaram tencionam votar contra a despenalização.
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Entre as mulheres que afirmam nunca ter interrompido voluntariamente a gravidez, 53,4% pretendem ainda assim votar a favor da despenalização, 24,8% contra e 21,9% não votam.
No total, o inquérito revela que 56,5% das mulheres são a favor do sim, 22,4% do não e 21,1% vão abster-se.
O estudo revela ainda que o grau de instrução das inquiridas tem algum peso na intenção de voto. De acordo com o mesmo a maioria das mulheres que pretendem votar a favor da despenalização têm o ensino superior, já as que são contra, a maioria tem o ensino básico.
Em relação à religiosidade das inquiridas, as defensoras da despenalização são na grande maioria praticantes ocasionais ou ateias.
Entre as praticantes frequentes, há um maior número de mulheres a pretender votar contra, mas é também neste grupo que se encontra menor discrepância entre as diferentes intenções de voto.
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