Já fez LIKE no TVI Notícias?

Certificados de aforro vão render menos 1% por ano

Relacionados

Actuais investidores também vão ser prejudicados

As novas regras dos certificados de aforro (que implicaram mudanças na taxa de rentabilidade, nos prémios e nas condições de resgate) vão tornar este popular produto de poupança menos aliciante e mais vulnerável à concorrência do sector privado, avança o «Diário de Notícias».

O DN fez as contas e chegou à conclusão de que, num período de 11 anos, a perda se cifre em cerca de um ponto percentual por cada ano de aplicação.

PUB

Um aforrador que tenha investido mil euros em Dezembro de 1996 teria, no final do ano passado e com base na evolução da taxa euribor, detinha cerca 1555,8 euros em carteira no final do ano passado. Isto corresponde a uma taxa bruta nominal acumulada de rentabilidade (antes de impostos e sem levar em conta a inflação) de 55,6%. Ora, se as novas regras que o Governo agora adoptou estivessem em vigor em 1996, o mesmo aforrador teria obtido uma rentabilidade bruta nominal acumulada de apenas 46,5%. É uma diferença de cerca de 10 pontos percentuais, isto é, quase um ponto por cada ano.

Mas não é só a nova série de certificados de aforro (denominada como «C») que é menos interessante do que a actual (B). Com efeito, também os actuais investidores vão ser prejudicados pois o Governo alterou a taxa remuneratória, que passou de 80% para 60% da Euribor (o prémio mantém-se igual).

Segundo as contas do «DN», se esta taxa estivesse em vigor em 1996, os ganhos obtidos ao fim de 11 anos de poupança seriam de 45%, menos 10,5 pontos do que a antiga série B e menos 1,5 pontos do que a série C, que hoje começa a ser comercializada. Significa isto que mais vale aos actuais aforradores resgatarem os seus certificados e subscreverem a nova série? Não necessariamente.

As novas regras dos certificados de aforro vêm consagradas numa portaria publicada na passada quinta-feira. O Governo emitiu uma nova série que tem como taxa de remuneração a 85% da Euribor deduzida de 0,25 pontos percentuais, o que contrasta com a actual taxa (da série B) de 80% da Euribor. Simultaneamente, o prémio de permanência passa a ser diferido no tempo, atingindo um máximo de 2,5% no décimo ano de investimento. Na série B, o prémio máximo era de 2% mas era atingido ao fim de quatro anos de aplicação, sendo possível ao aforrador manter o retorno máximo indefinidamente, coisa que já não acontece na série C.

PUB

Relacionados

Últimas