Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), também o indicador de clima económico apresentou um ténue agravamento, interrompendo a tendência ascendente iniciada em Outubro de 2005, após ter atingido em Junho o melhor valor dos cinco anos anteriores.
Perspectivas de poupança próximas de mínimo histórico
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A componente do indicador que apresentou a maior deterioração foi a referente às perspectivas sobre a poupança, que tem estado já em queda acentuada há cinco meses, reaproximando-se do mínimo histórico registado em Setembro de 2005.
As expectativas sobre a situação económica do país agravaram-se em Julho, interrompendo a recuperação dos três meses anteriores. As perspectivas sobre a evolução do desemprego deterioraram-se ligeiramente, não prolongando a melhoria dos dois meses anteriores.
A generalidade das restantes variáveis mensais que não compõem o indicador de confiança apresentou evoluções desfavoráveis em Julho. As opiniões sobre a situação financeira do agregado familiar e sobre a situação económica do país prolongaram as respectivas tendências descendentes, iniciadas em Dezembro de 2006 e Março de 2007, invertendo as tendências ascendentes anteriores.
As opiniões sobre a evolução futura dos preços apresentaram-se ascendentes em Julho, interrompendo a evolução dos cinco meses anteriores, onde se atingira o valor mínimo desde Outubro de 1999.
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Assim, as perspectivas de compra de bens duradouros, como carros e electrodomésticos, agravaram-se intensamente nos dois últimos meses, invertendo a tendência ascendente iniciada em Outubro de 2006.
Por sua vez, as opiniões sobre a evolução passada dos preços apresentaram-se descendentes pelo quinto mês consecutivo, registando o valor mínimo desde Abril de 2000. As apreciações sobre a compra de bens duradouros no momento actual melhoraram, interrompendo o acentuado movimento descendente dos quatro meses precedentes, que culminara no novo mínimo histórico para a série.
A informação adicional, recolhida trimestralmente, relacionada com as grandes despesas do agregado familiar, apresenta-se desfavorável.
Degradação da confiança em todos os sectores excepto construção
Na Indústria Transformadora, o indicador de confiança deteriorou-se em Julho, contrariando a tendência ascendente iniciada em Junho de 2006.
No Comércio, o indicador de confiança degradou-se pelo terceiro mês consecutivo. À semelhança do sucedido em Junho, esta degradação foi observada quer no Comércio a Retalho, quer no Grosso em Julho.
Nos Serviços, este indicador piorou nos dois últimos meses, interrompendo a tendência favorável iniciada em Agosto de 2005.
Assim, a Construção e Obras Públicas são a única excepção, com o indicador de confiança a estabilizar, suspendendo a tendência ascendente iniciada em Janeiro.
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