O PSD considerou esta segunda-feira que «não é surpreendente» o aumento de 17,7 por cento dos desempregados inscritos nos centros de emprego e prevê um agravamento do desemprego nos próximos meses, avança a agência Lusa.
Os sociais-democratas defendem que o Governo deve aceitar as suas propostas para tentar contrariar o aumento do desemprego e argumentam que, se insistir em actuar sozinho, o executivo socialista aumenta a sua responsabilidade perante a situação do país.
PUB
«Confirma-se talvez o pior dos cenários. Um aumento de 17,7% em relação a Fevereiro do ano passado é realmente um aumento substancial. Um aumento de quatro por cento mensal é também substancial», reagiu o vice-presidente do grupo parlamentar do PSD Hugo Velosa, em declarações à agência Lusa.
Governo diz que deterioração no emprego «era expectável»
BE diz que aumento obriga Governo a «acordar»
PCP: valor e duração do subsídio de desemprego têm de subir
Hugo Velosa disse que, para o PSD, este aumento dos desempregados inscritos «não é surpreendente».
«Infelizmente, segundo os dados que temos, a situação vai degradar-se nos próximos meses», anteviu o deputado do PSD.
PUB
Segundo Hugo Velosa, «não deve ser o Governo isoladamente a tomar medidas, o Governo não deve de forma arrogante actuar sozinho com as suas medidas em áreas desta importância».
«O PSD tem apresentado múltiplas propostas para aumentar a liquidez das pequenas e médias empresas (PME) de forma a manter o emprego. Ao não aceitar propostas do PSD, a responsabilidade do Governo será muito maior pelo que está a acontecer no país», acrescentou.
Mais mil sem emprego por cada dia útil
O CDS-PP voltou esta segunda-feira a reclamar a alteração das regras de atribuição do subsídio de desemprego, alertando que por cada dia útil de Fevereiro mais mil pessoas perderam o emprego.
«São números muito preocupantes. Mais mil pessoas ficaram sem emprego por cada dia útil de Fevereiro», disse à Lusa o deputado do CDS-PP Pedro Mota Soares, reagindo também aos dados do IEFP.
Pedro Mota Soares questionou até onde os números precisam de ir para o Governo mudar as regras de atribuição do subsídio de desemprego: «Até onde os números têm de ir para o Governo perceber que é preciso mudar as regras?», interrogou. O porta-voz do CDS-PP voltou, assim, a reclamar a alteração das regras do subsídio de desemprego, insistindo na necessidade de medidas como a majoração da prestação para as famílias onde marido e mulher estejam sem trabalho.
«Há regras que têm de ser substituídas, pois estão a excluir e penalizar milhares de pessoas», salientou.
PUB