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Aumento dos combustíveis torna inevitável subida nas tarifas dos táxis

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O aumento de três cêntimos no preço dos combustíveis vai inevitavelmente reflectir-se nas tarifas dos táxis, disse hoje à agência «Lusa» o presidente da Associação Nacional dos Transportadores e Automóveis Ligeiros (ANTRAL).

Florêncio Almeida afirma que uma vez que os combustíveis representam 24% dos custos de exploração, qualquer aumento «tem sempre repercussão», não sendo possível aos taxistas suportarem mais custos.

Afirmando que a situação do país não permite aumentos significativos nas tarifas, Florêncio Almeida disse esperar que o Governo marque rapidamente o início das negociações da convenção que foi denunciada há mais de seis meses.

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Apelou ainda aos responsáveis governamentais para que tenham sensibilidade para com um serviço, os táxis, «que faz falta» e que, em alguns pontos do país, «tem também um carácter social».

«Esperemos que haja alguma abertura nas próximas negociações para a introdução de alguns benefícios, como a isenção de taxas e impostos que consideramos injustos», disse Florêncio Almeida.

O responsável exemplificou com a necessidade de se permitir uma escrita mais simplificada para os taxistas que têm volumes de negócios baixos.

Florêncio Almeida insistiu que as negociações devem ser feitas com a Direcção Geral dos Transportes Terrestres (DGTT) e não, como actualmente, com a Direcção Geral da Empresa (DGE), alegando que esta «não percebe nada de transportes».

O responsável da ANTRAL lamentou que a associação não tenha ainda recebido qualquer resposta ao fax que enviou a semana passada ao ministro da Economia, acusando o actual Governo de ser «surdo e mudo».

Segundo disse, se não houver uma evolução rápida nas negociações com vista a uma actualização das tarifas, os taxistas irão mobilizar-se.

«Se recebem menos do que pagam, os táxis não podem circular e são milhares de pessoas que não podem ir assim para o desemprego. Obviamente a mobilização tem que acontecer», disse.

Florêncio Almeida recordou que os transportes colectivos aumentaram 10% enquanto os táxis subiram 3%, mas assegurou que o aumento não poderá ser «exagerado».

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