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Portugueses vão pagar mais 620 euros por ano em alimentação

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Procura de marcas de distribuição pode não ser solução para este aumento dos encargos

Em 2007, o gasto médio das Famílias Portuguesas em alimentação foi de 1.591 euros, no entanto, o impacto esperado, em 2008, fruto da recente crise alimentar, junto das famílias portuguesas, será de mais 620 euros por ano, segundo revela o estudo TNS Worldpanel.

«Esta estimativa tem por base um painel de lares composto por 2.500 famílias, representativas do universo de Lares de Portugal Continental. Deste modo, foi possível quantificar que os custos com alimentação, em termos médios, se vão cifrar em cerca de 2.211 € em 2008. Este valor tem em conta a estimativa da União Europeia que indica um incremento de 38% nos custos com os produtos alimentares», revela o documento.

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O impacte de mais 50 euros mensais (valor médio) que esta crise pode trazer, poderá não ser suportável por algumas famílias, o que implicará eventualmente uma alteração no consumo habitual nesses lares, salienta.

Este custo adicional de 620 euros por ano poderá, no entanto, ser bastante superior junto das famílias mais numerosas ou com padrões de consumo mais elevados. O estudo revela, todavia, que o impacto mais relevante «será, sem dúvida, junto das famílias de rendimentos baixos e médios que sejam, simultaneamente, mais numerosas. São cerca de 528.000 lares e mais de 2,1 milhões de portugueses».

Mudança de hábitos de consumo

Nos primeiros três meses de 2008, o aumento nos encargos reais com a alimentação das famílias portuguesas foi de 6,3% no trimestre. «Este incremento resulta não só do aumento dos preços, mas também da resposta dos lares consumidores. Isto quer dizer que o preço de determinado produto pode ter aumentado mais, mas a resposta dos consumidores, fazendo escolhas ajustadas ao novo cenário e mudando alguns hábitos de consumo, resultou num incremento efectivo de 6,3%. Se esta tendência se mantiver durante todo o ano, chegaremos facilmente a mais de 25% de aumento de encargos. No entanto as estimativas da UE indicam um valor ainda superior (38%)», adianta.

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Procura das marcas de distribuição

A procura dos consumidores por marcas mais baratas, como sejam as marcas da distribuição (MDD¿s), pode não ser uma solução efectiva na redução dos encargos, uma vez que a sua utilização já é algo elevada.

Neste momento, as MDD¿s já representam 22,4% do valor gasto em alimentação pelos lares portugueses. De 2007 para 2008 (1º trimestre) houve um crescimento no valor gasto em MDD¿s de mais de 2,5%, no total dos lares de Portugal Continental.

De acordo com o mesmo documento, junto da classe média, a evolução foi ainda mais acentuada, crescendo 3,1%.

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