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Krugman revolucionou forma de pensar comércio internacional

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Galardoado provou que há certas situações em que os mercados não funcionam bem

O economista Paul Krugman, Nobel da Economia em 2008, revolucionou a forma de pensar o comércio internacional. A afirmação foi feita esta segunda-feira pelos economistas portugueses, com Silva Lopes a destacar a teoria de Krugman de que os mercados nem sempre funcionam.

A Real Academia Sueca das Ciências anunciou hoje a escolha de Paul Krugman para o prémio Nobel da Economia pela elaboração de uma nova teoria que integrou as investigações sobre as trocas comerciais e a geografia económica, dois campos que os académicos da área antes não relacionavam, avança a «Lusa».

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«Paul Krugman trouxe uma inovação fundamental para a teoria do comércio internacional, sustentando e provando que há certas situações em que os mercados não funcionam bem», disse o ex-ministro das Finanças Silva Lopes.

Até à publicação do artigo de Krugman sobre o comércio internacional, na década de 1970, a teoria que vigorava «era baseada na hipótese de que os mercados funcionavam bem» sozinhos e o mérito do novo Nobel da Economia foi, na opinião de Silva Lopes, «ter resistido a esta ideia».

Perceber mercado

O economista e professor Universitário João César das Neves considerou que a atribuição do Nobel a Krugman distingue «uma ideia muito simples, mas que revolucionou a teoria do comércio internacional».

«Paul Krugman demonstrou que pode haver comércio internacional se houver vantagens de escala e esta ideia genial mudou a economia do comércio mundial», afirmou João César das Neves, salientando que estes estudos originaram uma teoria geográfica da economia.

Já o economista Francisco Torres considerou, por seu turno, que a análise de Krugman, que demonstrou que «as empresas podem explorar a procura de bens diferenciados pelos consumidores explorando, ao mesmo tempo, as economias de escala de um mercado alargado», foi «fundamental para a compreensão da importância do mercado interno na Europa».

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