Em entrevista à agência Lusa, Henrique Granadeiro acrescenta que, além da mudança e paradigma, a separação da PT Multimédia da casa-mãe Portugal Telecom (PT) constitui uma alteração estrutural sem precedentes num mercado de telecomunicações, e que também isso obriga à revisão do quadro regulatório.
«A separação da PTM e a sua constituição no maior concorrente da PT provoca uma alteração estrutural sem precedente nem equivalente no mercado de telecomunicações em nenhum outro país da União Europeia», defende Granadeiro, apontando que «esta alteração estrutural deverá implicar, naturalmente, um novo quadro regulatório, com a desregulamentação do mercado de retalho, em linha com o novo enquadramento definido e recomendado pela Comissão Europeia para o sector».
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«Temos defendido - e demonstrado na prática - que já existe actualmente um novo quadro competitivo. O paradigma do negócio mudou radicalmente e a concorrência passou de vertical a transversal», afirma o gestor, acrescentando que este quadro de concorrência «vai ser potenciado com o spin off, cumprindo com os desígnios dos reguladores».
Por isso, pretende que o quadro regulatório seja alterado, mesmo se só depois de um período de estudo.
«Admito que o regulador queira ter um período de observação que a PT irá respeitar, mas não imagino que o regulador queira parar o vento com as mãos», sustenta.
«A concorrência é um conjunto de práticas, não é um livro de regras», afirma.
«Quero, contudo, deixar claro que a PT, por sua iniciativa, expôs a todos os reguladores, em devido tempo, as orientações adoptadas, os processos e o calendário do spin-off», conta.
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