O abrandamento da actividade económica e o impacto da crise financeira na vida das empresas estão a levá-las a apostarem na subcontratação de serviços.
«O outsourcing não tem só como primeira vantagem a redução de custos, mas também permite uma melhoria dos próprios processos», disse à Agência Financeira Sérgio Moraes, administrador da Redware do grupo Reditus.
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«Dado o valor acrescentado, é natural que a crise económica venha acelerar a procura deste tipo de serviços por causa da crise», acrescentou.
De acordo com dados da IDC, mesmo atendendo ao abrandamento económico, só no caso do sector das tecnologias de informação (TI), o outsourcing deve crescer, no período entre 2007 e 2012, 5,5 por cento, ou seja dos 170 para os 222 milhões de euros.
Um crescimento que se estima que seja superior ao dos serviços de TI, que devem valorizar-se 4,1%, ou seja, dos 835 para 1.021 milhões de euros no mesmo período.
Acompanhar as mudanças
De acordo com Sérgio Moraes, o outsourcing tem sabido acompanhar as mudanças do sector económico e possibilitar a transformação do próprio negócio de TI.
Às dúvidas quanto à criação de valor e índices de satisfação para as empresas que recorrem ao «outsourcing», a solução passa por definir a estratégia «à cabeça» ou tratar o «outsourcing» como um «processo contínuo».
Neste contexto, além dos serviços de TI, o passo seguinte é oferecer serviços completos de suporte às actividades das empresas, não apenas na sua vertente puramente tecnológica. Ou seja: encarar o serviço não apenas como uma transacção comercial pura.
Inicialmente aplicado a empresas de indústria transformadora, a prática de transferências de actividade engloba já uma série de serviços na área de segurança, «call-centers», «backoffice», recursos humanos, contabilidade, entre outros.
Neste contexto, e ainda segundo Sérgio Moraes, o apelidado Business Process Outsourcing está na agenda das empresas e o abrandamento económico só contribui para que o foco se centre em opções que permitem ganhos de eficiência.
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