A UGT já apresentou o seu caderno reivindicativo para 2009. No âmbito dos salários, a estrutura sindical defende aumentos de 3,5 a 4,5%.
«Defendemos um crescimento real dos salários, em linha com a melhoria dos ganhos de produtividade esperados, permitindo a melhoria do poder de compra dos trabalhadores portugueses», refere a central sindical em comunicado.
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Para a UGT, e tendo presentes o contexto e cenário macroeconómico, «em 2009, os salários deverão ser actualizados entre 3,5% e 4,5%. Importa ter presente que o valor proposto é um valor médio, assente em valores para a produtividade e emprego, também eles médios, e que nomeadamente o sector empresarial e dentro deste o segmento exportador têm vindo a apresentar crescimentos de produtividade muito superiores, o que tem permitido aliás o reforço da competitividade das nossas exportações no plano internacional».
«Este é igualmente um referencial a ter em conta na actualização dos salários da Administração Pública, devendo ainda haver uma revisão extraordinária em 2008, tendo em conta o compromisso do Governo de não haver perda do poder de compra em 2008», acrescenta, no comunicado.
Pensionistas também têm de recuperar poder de compra perdido
No que toca às pensões, a UGT defende a sua melhoria e um aumento do poder de compra dos pensionistas. «Num momento em que as Contas da Segurança Social registam uma evolução bastante positiva e acima do esperado, a UGT considera que não é aceitável que as pensões continuem a ter uma actualização abaixo da inflação e simultaneamente, não garantindo sequer a manutenção do poder de compra», adiantam.
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«Defende-se uma revisão extraordinária das pensões para 2009, quer no sector privado, quer no sector público, não se aplicando a fórmula automática de actualização que, face ao crescimento baixo do PIB e num contexto de inflação a subir, penaliza o poder de compra de todos os pensionistas, mesmo os de baixas pensões. Nesse contexto assume especial relevância um actualização mais intensa das pensões baixas, estando aqui a pensão social», acrescenta a central.
A UGT lembra ainda os compromissos assumidos na melhoria do Salário Mínimo Nacional e sublinha que «na linha do Acordo tripartido, o valor da Retribuição Mínima Mensal Garantida (RMMG) a vigorar a partir de 1 de Janeiro de 2009 deverá ser fixado em 450 euros, o que representa um crescimento de 24 euros ou 5,63%. Esta actualização deverá ser publicada até ao final do ano de 2008 de modo a que os agentes económicos possam operar a actualização salarial logo em Janeiro».
A este propósito, a UGT quer ver clarificado o conceito de RMMG (salário mínimo), «especialmente esclarecendo as componentes que o integram, evitando os diferentes entendimentos quanto à legislação que regula esta remuneração e as potenciais situações de conflito».
Por fim, a UGT reclama «uma previsão de taxa de inflação credível e que seja uma verdadeira base para a negociação salarial».
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