O líder da UGT afirmou esperar que o próximo Governo «seja sensível» à necessidade de aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN), depois de o presidente dos industriais ter considerado que chegar aos 500 euros em 2011 «não passa de uma intenção».
O presidente da CIP, Francisco Van Zeller, deu este domingo uma entrevista ao Diário de Notícias (DN) e à rádio TSF onde avança que a meta dos 500 euros para o Salário Mínimo Nacional «não passa de uma intenção» e que os patrões não «rubricaram nenhum acordo» que defina em concreto qual vai ser o salário mínimo em 2011.
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Já para o secretário-geral da UGT, João Proença, disse à Lusa, que estas declarações por parte do presidente da CIP são «normais», já que «representa os empresários da área da indústria».
João Proença destacou que «o objectivo de 500 euros ficou fixado no acordo tripartido de 2006», no qual «ficou assentado claramente que seriam atingidos os 450 euros em 2009 [já em vigor] e dito que o objectivo era chegar aos 500 euros em 2011».
O líder da UGT disse ainda «que, de facto, não é necessário que haja acordo tripartido para haver aumento do salário mínimo».
«O SMN é fixado pelo Governo, ouvidos os parceiros sociais, e esperamos que o Governo saído das próximas eleições legislativas seja sensível à necessidade de crescimento do SMN, aproximando-o um pouco daquilo que é o SMN em Espanha ou noutros países da União Europeia», afirmou.
Recorde-se que neste sábado, no final do congresso da UGT, onde esteve como convidado, o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, admitiu que o aumento do SMN para 600 euros até 2014, proposto por esta central sindical, poderá vir a ser discutido em concertação social.
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