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BPN: Decisão do Governo «peca por tardia»

O dinheiro dos contribuintes não deve servir para «indemnizar accionistas de uma empresa falida», defende Sefin

A Associação dos Utilizadores e Consumidores de Serviços e Produtos Financeiros (SEFIN) considerou esta segunda-feira que a nacionalização do BPN «peca por tardia» e alertou que o dinheiro dos contribuintes não deve servir para «indemnizar accionistas de uma empresa falida», refere a «Lusa».

«A medida que foi tomada peca por tardia. Já em 1997 e 1998 os jornais traziam notícias sobre estes problemas», disse o presidente da SEFIN, António Júlio Almeida, no final de uma audiência com o Presidente da República.

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Ainda assim, a SEFIN considerou a medida «positiva» pois «significa a protecção do dinheiro dos depositantes e dos investidores».

António Júlio Almeida alertou agora para a necessidade de o processo de nacionalização ser cuidadoso, sobretudo porque «serão os contribuintes a pagar parte da factura» do BPN.

«É importante verificar se o dinheiro dos contribuintes não é usado para indemnizar os accionistas de uma empresa que estava falida e cujo valor é zero ou mesmo negativo», disse António Júlio Almeida.

O responsável considerou ainda que a anterior administração do BPN deveria ser castigada. Por outro lado, apontando «falhas às autoridades de supervisão, auditores e consultores», a SEFIN defende um novo modelo regulatório para que casos similares não se voltem a repetir.

O Presidente da República, Cavaco Silva, recebeu a SEFIN, com o objectivo de «mobilizar as autoridades para o esforço de melhorar a cultura financeira dos portugueses».

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