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«A saída da ParaRede do PSI20 foi a coisa mais natural do mundo»

O administrador da ParaRede, Pedro Rebelo Pinto, considera que a saída do PSI20 representa um falso problema, uma vez que não tirou valor à empresa, nem liquidez. O responsável promete ainda que não vai pôr em causa a rentabilidade da companhia só para cumprir o «timing» dos resultados previstos para 2009.

Assumiu a liderança da ParaRede há cerca de um ano. Que balanço faz?

Faço uma análise positiva, conseguiu-se atingir um patamar de sustentabilidade. Também houve uma acalmia, o título está mais calmo.

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O título tem vindo ao longo dos anos a atravessar muitas turbulências. Acha que a imagem da ParaRede mudou no mercado?

Poderão haver ainda alguns accionistas e investidores com dúvidas se esta estabilidade se vai ou não manter mas acho que já se provou isso. O facto de termos apresentado cinco trimestres consecutivos de resultados positivos e de termos feito o prometido dá estabilização do título. Estamos a ganhar um capital de confiança, de profissionalismo e de credibilidade que vai colocar a empresa noutro patamar que é o da rentabilidade e irá permitir atingir a nossa meta de resultados em 2009.

São metas realistas?

Sim, mas são ambiciosas. Para atingir este valor tem de ter em conta a rentabilidade dos capitais investidos. No ano passado fechámos à volta dos 50 milhões de euros, este ano com a aquisição da Solsuni, da Sol-S e da Bytecode irá rondar os 70 milhões de euros. Não chegamos naturalmente a essa meta sem novas aquisições, estas demoram tempo a aparecer, é preciso vontade das duas partes e necessitam de ser consolidadas. Se não atingirmos essa meta em três anos mas em três anos e meio, quando a alcançarmos vai-se perceber porque é que demorámos mais. Não vamos pôr em causa o projecto da rentabilidade e a mais-valia dos negócios só para dizer que cumprimos dois indicadores que tínhamos prometido.

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Como viu a saída da Pararede do PSI20?

Foi a coisa mais natural do mundo, se houvesse um PSI25 estaríamos presentes. O PSI20 é apenas um indicador das maiores empresas. Entrou a Portucel e a Galp, e o natural foi a Pararede ter saído. Se entrarem agora outras empresas o mais provável é saírem outras. Como durante três ou quatro anos não entrou nenhuma empresa na bolsa, a Pararede manteve-se entre as 20 primeiras. Se amanhã entrar, por exemplo, a TAP sai outra empresa ou sairia a Pararede se ainda lá estivesse. A saída do PSI20 é um falso problema, se um dia tivermos dimensão regressaremos.

Acredita num regresso?

É claro que acredito. Por exemplo, se houver duas Ofertas Públicas de Aquisição (OPA) até poderemos entrar outra vez. Não acho um drama nenhum, não tirou valor à empresa nem liquidez. A grande vantagem que vejo no PSI20 é a imagem. A saída era inevitável, se a Pararede tem uma captação bolsista de 90 milhões e entra uma com mil milhões¿

Mas todos os anos havia essa ameaça¿

Sim, mas essa ameaça não tinha pés nem cabeça, nem sei porque é que se falava disso, alguém deveria querer tirar a Pararede do PSI20. A empresa tem um título muito líquido, com muita transacção e estas são as principais condições para estar em bolsa, o contrário é que não.

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