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Responsabilidades do Estado atingem 100% do PIB

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BPI apresentou estudo em que mostra que a dívida pública consolidada poderá crescer 20% até 2013

A 20 dias da apresentação do Orçamento de Estado para este ano, um estudo elaborado pelo BPI e apresentado esta tarde pelo seu presidente Fernando Ulrich, aponta que as responsabilidades directas do Estado, que englobam empresas, encargos com parcerias público-privadas e dívida pública, atingiram no ano passado os 100 por cento do PIB, ou seja, a riqueza produzida mostrou-se insuficiente.

Isto é: toda a riqueza produzida no ano passado é insuficiente para fazer face às responsabilidades do Estado.

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O estudo em causa, esclareceu Ulrich, «não serve para dar conselhos a niguém», apenas «informa para se poder reflectir nas opções daqui para a frente».

300% do PIB em 2040?

No encontro com os jornalistas estava ainda a economista-chefe do banco, Cristina Casalinho, uma das responsáveis pelo estudo. A sua equipa traça que, até 2040, a evolução dos compromissos do Estado, em situação de consolidação das contas públicas, pode variar entre os 115% do PIB e os 300%, caso não seja feito nada.

Nos próximos cinco anos, os compromissos do Estado com o sector empresarial e as concessões assume pesos no PIB que podem chegar aos 2%, em 2015.

Segundo o mesmo estudo, a economia deverá ter contraído 3,3 por cento em 2009, para os 160,8 mil milhões de euros, referindo ainda que a dívida pública consolidada poderá crescer 20 por cento até 2013.

BPI diz que Portugal não vai ser a próxima Grécia

Fernando Ulrich disse ainda que não prevê que Portugal venha a ser a próxima Grécia. «Não concebo que Portugal venha a estar numa situação parecida à da Grécia», disse.

Quando questionado sobre o que fazer para resolver a questão das contas públicas, Ulrich reforçou o que já tinha dito o governador do Banco de Portugal. Recorde-se que Vítor Constâncio pediu «sinais claros» de redução do défice já este ano, o que Ulrich considerou uma afirmação de «bom senso» e que transmite «um consenso cada vez mais alargado na sociedade portuguesa».

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