Um ano depois da Zon «nascer», a Associação de Defesa do Consumidor (Deco) faz um balanço positivo no sector das telecomunicações, mas alerta ainda para alguns entraves, como é o caso da portabilidade e da fidelização dos serviços, revela o secretário-geral da entidade, José Morgado.
«A separação entre a PT e a PT Multimédia (actual Zon) foi uma medida muito interessante. Aumentou a oferta e a concorrência no sector», acrescenta o responsável à Agência Financeira.
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Apesar destas melhorias, Jorge Morgado aponta ainda para algumas «falhas», que no entender do mesmo, representam «uma distorção no mercado».
O atraso na portabilidade (funcionalidade que permite aos utilizadores de redes fixas e móveis manter o seu número de telefone em caso de mudança de operadora) dos serviços é considerado, pelo responsável da Deco, um dos principais problemas do sector.
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«Há mecanismo que ainda dificultam essa mudança. O processo é muito demorado e, em muitos casos, os consumidores acabam por desistir devido à demora desta transferência», salienta à AF.
Fidelização devia ter prazo mais curtos
Para José Morgado, um outro obstáculo diz respeito aos prazos de fidelização que normalmente demoram dois anos. De acordo com o mesmo, estas datas deviam ser mais curtas e, mais uma vez, em muitos casos, «impede a rescisão do contrato».
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«A fidelização devia ser feita tendo em conta a qualidade e a satisfação do cliente e não os timings dos contratos», alerta.
Apesar destes entraves, José Morgado reconhece que temos assistido a uma diminuição do número de reclamações neste mercado.
Na base desta melhoria está, em parte, a aposta das operadoras nos call-centers e, que no entender do responsável, «têm vindo a melhorar o serviço aos clientes», salienta à AF.
Portugueses reconhecem marca Zon
Um ano depois do nascimento da Zon, a marca é reconhecida pela maioria dos portugueses. Segundo o estudo da GFK,a notoriedade espontânea da marca alcançou os 86% doze meses depois.
Recorde-se que, a Zon surgiu como consequência da separação do grupo Portugal Telecom e pretendeu afirmar-se com «uma nova identidade e estratégia da empresa», exigindo um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros.
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