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Venezuela: consulados não sabem dos raptos

Portugueses vítimas e familiares não denunciam sequestros

A comunidade portuguesa na Venezuela tende a não informar as autoridades diplomáticas nacionais sobre o sequestro de familiares ou pessoas conhecidas, disseram à Agência Lusa fontes consulares, afirmando que se inteiram da maioria dos casos através da imprensa.

Na Venezuela, existem duas circunscrições consulares, Caracas e Valência, das quais dependem vários consulados honorários.

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Oficialmente, estima-se que 700 mil portugueses e luso-descendentes residem no país mas, segundo a própria comunidade, os números poderão ascender a 1,5 milhões de cidadãos.

Em declarações à Agência Lusa, os cônsules-gerais de Portugal Teles Fazendeiro (Caracas) e Rui Monteiro (Valência) referiram que ao ter conhecimento de sequestro muitas vezes são eles próprios quem tomam a iniciativa de «contactar os familiares e disponibilizar toda a ajuda consular possível».

Actualmente, as autoridades consulares têm conhecimento apenas do sequestro do comerciante David Barreto Alcedo, 37 anos, de seu filho, David Mariano Barreto Vales, 11, e dos sobrinhos Alberto Luís Parra Barreto, 13, e José David Parra Barreto, 10 anos, desaparecidos desde 12 de Agosto no Estado de Táchira.

Já este ano, na circunscrição de Caracas, três portugueses foram vítimas de ¿sequestro expresso¿, raptos com duração inferior a 24 horas, e ocorreu o rapto prolongado do empresário aveirense José Joaquim Baptista Pinho, 60 anos, sequestrado a 12 de Março em Charallave e libertado a 01 de Maio.

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Na área consular de Valência foram sequestrados seis portugueses, entre eles o empresário Manuel Rodrigues, natural de Machico, Madeira, que foi interceptado a 01 de Abril na localidade de Puerto Cabello. Foi libertado quatro dias mais tarde, após o pagamento de resgate por um montante não revelado.

A 27 de Fevereiro, o luso-descendente Magno Pereira, de 25 anos, foi sequestrado por desconhecidos quando cobrava uma factura a um cliente, em Valência. Foi libertado seis dias mais tarde.

Em Punto Fijo, o empresário aveirense Juan de Sousa, de 45 anos de idade, foi vítima de um sequestro de várias horas, em Julho último, altura em que em Maracay, aparentemente por engano, cinco indivíduos armados, sequestraram a António Luis Conceição, natural do Seixal, Madeira. Permaneceu três dias em cativeiro.

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