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Quercus queria «água mais cara»

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Associação ambientalista diz que assim consumidores lhe dariam valor

A associação ambientalista Quercus defende que a água deveria ser mais cara, para que os consumidores lhe dêem valor, enquanto que estes criticam as grandes disparidades de preços nas facturas que os diversos municípios apresentam pelos mesmos serviços, escreve a Lusa.

Francisco Ferreira, da associação ambientalista, realça que «o sector da água não tem conseguido um conjunto de encontros entre as receitas que gera e as despesas que tem» e considera que «a água tem, obviamente, de ser paga de forma a traduzir o seu custo».

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Para a Quercus, as tarifas estão desequilibradas e é preciso subir os preços da água, «que está, em muitos casos, barata, o que não estimula o seu uso eficiente».

«Há autarquias e há as Águas de Portugal que usam o consumo de água para terem menos prejuízo. Não querem que as pessoas gastem menos água, porque assim teriam menos rendimento. No fundo, estão interessadas em vender mais água e isso vai contra um uso eficiente», disse Francisco Ferreira.

A associação lembra que existe um plano para o uso eficiente da água que está na gaveta há cinco anos e que é preciso concretizar.

«O regulador deveria ser muito mais interventivo. Ou tenho um aperto do regulador, para que as coisas se tornem mais eficientes, ou então o objectivo é que quanta mais água venda melhor», acrescentou.

A Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), tem algumas recomendações no sentido de harmonizar as regras de cálculo, mas a definição de tarifas é uma competência das autarquias ou entidades gestoras destes serviços.

A Quercus acrescenta a necessidade de o Estado encontrar uma forma de «equilibrar, à escala do país, os temas de distribuição mais apetecíveis do ponto de vista económico, com os menos apetecíveis», porque, se os consumidores tiverem de pagar o custo real da infraestrutura, «a distorção de preços será brutal».

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