Os pais dos alunos da Escola Básica do Primeiro Ciclo nº6 de Chaves fecharam hoje a escola a cadeado em protesto contra os horários e a falta de segurança e de condições deste estabelecimento de ensino.
José Catarino, um dos pais presentes no protesto de hoje, disse à Agência Lusa que o horário normal da escola é "incompatível" com os horários de trabalho dos pais e encarregados de educação.
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Na origem dos protestos está a adopção do horário escolar das 09:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30, que os pais alegam ser incompatível com os seus horários laborais.
Para solucionar o problema, o responsável reivindicou uma cantina ou almoços na escola para os alunos.
"Nos últimos anos foi sempre adoptado o regime duplo nesta escola e, por isso mesmo, os pais já adaptaram os seus horários de trabalho à escola dos filhos, o que não pode ser alterado assim sem mais nem menos", defendeu.
Desde o início do ano lectivo, deram entrada no centro de Área Educativa (CAE) de Vila Real pedidos de alteração de horários para 70 escolas básicas do primeiro ciclo do distrito.
Os pais e encarregados de educação da escola nº6 de Chaves exigem ainda obras neste estabelecimento de ensino pois, segundo José Catarino, as aulas decorrem num "grande pavilhão, cujas salas estão separadas apenas por armários".
"Todos os barulhos se ouvem de umas salas para as outras, não havendo qualquer isolamento, o que afecta o rendimento dos alunos", frisou o responsável.
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Os pais dizem-se fartos de "promessas que nunca são cumpridas" e falam ainda da falta de condições no recreio.
"Os alunos têm que aguardar o início das aulas e passar os recreios num recinto aberto e sem protecção contra a chuva ou o frio", afirmou José Catarino.
Referiu ainda a "falta de segurança", já que com a adopção deste horário, a PSP "deixou de poder estar presente de cada vez que terminam as aulas".
A meio da manhã de hoje a PSP abriu os cadeados desta escola primária, mas "só entraram os professores, as crianças ficaram à porta", garantiu José Catarino.
Os estudantes só regressarão às aulas com uma "garantia por escrito de resolução dos problemas", disse a mesma fonte.
Uma comissão de pais reúne-se ao final de tarde de hoje com o presidente da Câmara de Chaves, que já disse estar disposto a ouvir as reivindicações, mas adiantou que as obras nesta escola só podem realizar-se com a autorização da Direcção Regional da Educação do Norte (DREN).
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