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CGTP: manif sem sindicatos europeus

«Por uma Europa social, empregos com direitos» é o lema do protesto

A CGTP convocou uma manifestação nacional para quinta-feira, em Lisboa, no mesmo dia em que decorre a Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da UE, mas não contará com a mobilização dos sindicatos europeus, noticia a Lusa.

A manifestação realiza-se sob o lema «por uma Europa social, empregos com direitos» e tem como objectivos protestar pela situação económica e social do país e com as políticas europeias que vão ter repercussões negativas em Portugal, como a flexigurança, disse à agência Lusa o dirigente da CGTP Amável Alves.

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No entanto, apesar dos objectivos definidos terem alcance europeu e do protesto se realizar no mesmo dia da Cimeira de Lisboa, desta vez a CGTP não conseguiu o apoio da Confederação Europeia de Sindicatos (CES) para a realização da manifestação.

Mesmo tendo em conta que o Comité Executivo da CES se reúne em Lisboa na mesma data. O secretário-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), Manuel Carvalho da Silva, não descartou, porém, a possibilidade de uma delegação da CES vir a integrar a manifestação.

Assim, resta a tónica nacional e a central sindical está empenhada numa demonstração forte, com trabalhadores de outros pontos do país a rumarem a Lisboa.

«Os sacrifícios que têm sido pedidos aos trabalhadores em troca de promessas que nunca se concretizam, como o pleno emprego, e a convergência de nível de vida com os restantes países da União Europeia levaram à necessidade de os trabalhadores manifestarem publicamente o seu protesto», explicou Amável Alves.

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O dirigente sindical considerou, também, que a tradução para Portugal de um modelo europeu de flexigurança provocaria «uma alteração profunda do mundo do trabalho e iria agravar ainda mais as condições de vida dos portugueses».

A CGTP assume, num manifesto, que a manifestação de quinta-feira é um protesto contra a flexibilidade sem segurança, a desprotecção dos trabalhadores, o aumento da precariedade, a facilidade no despedimento, a redução dos salários reais e a limitação do papel dos sindicatos.

Defende, no mesmo documento, a promoção da negociação colectiva, o combate ao desemprego, o direito à formação, a igualdade no trabalho, o respeito pelos direitos dos trabalhadores, melhor segurança social, saúde e educação e maior justiça fiscal.

Os sindicatos da CGTP emitiram pré-aviso de greve, como de costume, para salvaguardar a presença dos trabalhadores que desejem participar na manifestação de protesto, mas «a greve não é a forma de luta escolhida para quinta-feira», esclareceu Amável Alves.

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