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Accionistas da Portugal Telecom querem BCP na empresa

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O principal accionista português da Portugal Telecom (PT), o Banco Espírito Santo (BES), considera positiva uma eventual entrada do BCP no capital da operadora de telecomunicações. O presidente do BES, Ricardo Salgado, afirmou que «assim como o BES contribuiu para reforçar o núcleo duro de accionistas portugueses da EDP, gostaria de ver o BCP a reforçar o núcleo de investidores da Portugal Telecom. O BCP será sempre bem-vindo entre os accionistas da PT».

Os accionistas portugueses da Portugal Telecom têm tentado reforçar o núcleo accionista nacional, não sendo, até agora, bem sucedidos. Ainda no ano passado, o BPI saiu do capital da operadora. Por isso, o BCP seria bem-vindo. O banco liderado por Paulo Teixeira Pinto tem estado inibido de entrar no capital da PT por conflito de interesse, na medida em que é o segundo maior accionista da Oni, noticia o «Diário de Notícias».

Mas, anteontem, o BCP informou ter alienado ao seu fundo de pensões a totalidade do capital da Oni, o que gerou uma menos valia no exercício de 2005 de 38,3 milhões de euros.

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Apesar de manter indirectamente os 23,06%, a participação do BCP na Oni é agora mantida através do fundo de pensões. Fonte oficial do BCP diz que o banco acredita que o fundo de pensões vai manter esta posição e que será para manter no longo prazo. No entanto, o BCP tem assumido uma gestão rigorosa nas participações financeiras que têm levado, inclusive, a várias alienações. Ontem o «Jornal de Negócios» avançava que o BCP não tinha transferido a posição para o fundo de pensões para o recapitalizar, estando todos os cenários em relação à Oni em aberto, inclusive a venda.

O BCP fica, assim, com caminho aberto para comprar uma posição na PT. Até porque o BES acaba de entrar indirectamente na Oni, ao ficar com 2,2% da EDP, que é a maior accionista da empresa de telecomunicações com 56,6% do capital. Ricardo Salgado disse, ontem, à margem da apresentação da nova imagem da empresa, que «para já não pretendemos aumentar a nossa posição [na EDP], mas pode vir a acontecer mais tarde. Vamos acompanhar o que vier a ser definido em termos de modelo de governação e vamos ter lugar no conselho superior».

No entanto, o presidente do BES garante que a possível entrada do BCP na PT não foi discutida com Paulo Teixeira Pinto quando o informou de que iria entrar no capital da EDP. «Não há concertação com o BCP» relativamente à entrada deste grupo na PT, garantiu.

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