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Sócrates «dá cabo da economia»

Líder do PSD diz que Governo engorda o Estado à custa das empresas e dos cidadãos

«O primeiro-ministro José Sócrates está a dar cabo da economia nacional porque o Governo preocupa-se em engordar o Estado à custa das empresas e dos cidadãos», disse na sexta-feira à noite, citado pela agência Lusa, em Angra do Heroísmo, o líder do PSD.

Marques Mendes, que falava para mais de uma centena de militantes do PSD na ilha Terceira, sustentou que «o Governo privilegia as grandes empresas e os grandes negócios e despreza as pequenas e médias empresas que são a alavanca de desenvolvimento do país».

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«Sendo a economia um instrumento e não um fim, as más políticas levam-nos ao precipício, à irrelevância e estão a agravar as desigualdades sociais porque os pobres e os remediados vivem cada vez mais em pior situação», considerou o líder social-democrata.

Realçou também o facto de o Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) apontar como prioridades a formação, educação e qualificação, mas as obras do TGV e do novo aeroporto da OTA absorverem mais dinheiro do que aquelas áreas.

Marques Mendes criticou ainda o executivo socialista pela política de educação que prossegue argumentando que «falam e aparecem muito para desprestigiar e agredir os professores na praça pública».

«É um erro dizer que os professores são os culpados da situação», disse Marques Mendes, que alertou ainda para o facto de «as reformas não se fazerem contra os profissionais dos sectores».

Segundo o dirigente social-democrata, «o Governo fala muito de rigor, de mérito e esforço na educação, mas acabou com as provas globais do 9.º ano apenas com o objectivo de melhorar as estatísticas do insucesso escolar».

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Por outro lado, falando aparentemente para o interior do partido, pediu que «não façam promessas nas eleições regionais de 2008 que também as não farei em 2009» alegando que «é preferível prometer pouco e fazer muito».

Marques Mendes disse-se «um homem de ética e convicções» e por esse motivo «o partido mais facilmente poderá mudar de líder do que este líder mudar de convicções».

Sobre os Açores, insistiu que «há pessoas com medo de emitir opinião» devido a receios de «ameaças, represálias e até vinganças».

«Há a preocupação governamental de asfixiar, limitar e diminuir instituições e pessoas para que tudo seja dependente do governo», acrescentou Marques Mendes.

Segundo o líder do PSD, «o combate do partido é ético, cívico e de cidadania».

Por seu turno, o líder do PSD/Açores, Costa Neves, aproveitou a ocasião para criticar o Governo Regional em quase todas as áreas de governação garantindo que «é possível fazer melhor», sustentando que «os Açores não estão melhores 10 anos e 10 mil milhões de euros depois».

«Não estamos melhor, não saímos do mesmo sítio e preocupam-me as previsões do que está para vir, que indiciam que, se calhar, dentro de mais dez anos, estaremos na mesma», referiu Costa Neves.

Marques Mendes conclui hoje em Ponta Delgada, uma visita de três dias a os Açores, presidindo ao encerramento das jornadas parlamentares social-democratas.

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