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«É normal» polícias contactarem sindicatos

Governadora Civil não acredita em perseguições a manifestantes

A governadora civil de Castelo Branco defendeu hoje que a ida de polícias a um sindicato para obter informações sobre eventuais protestos durante a visita do primeiro-ministro à Covilhã é um procedimento «habitual e rotineiro», negando ter sido intimidatória.

Em declarações à Agência Lusa, Maria Alzira Serrasqueiro afirmou que «é habitual nestas situações» a PSP procurar informações sobre os locais e as ruas para onde estão previstas manifestações e que foi com esse objectivo que os polícias contactaram o Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC).

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O SPRC decidiu apresentar queixa relativamente à visita de agentes da PSP à delegação do sindicato na Covilhã, classificando a acção como «intimidatória» e «deplorável», alegando que os polícias pediram informações sobre os protestos e alertaram para o uso de linguagem que não fosse atentatória da integridade pessoal.

«O sindicato levantou questões de intimidação e rusgas, mas neste distrito, como no resto, não está em causa o direito à manifestação», frisou Maria Alzira Serrasqueiro, sublinhando que é «abusivo o que os sindicalistas estão a transmitir para a comunicação social».

A governadora civil declarou que os agentes da PSP se limitaram a passar pela sede do sindicato para apurar quais os locais onde estavam previstos os protestos porque ainda não tinham a confirmação oficial de que a manifestação tinha sido autorizada.

«É uma actividade rotineira da PSP, foi uma conversa normal», garantiu a mesma responsável.

Maria Alzira Serrasqueiro afirmou ainda que não acredita em rusgas nem em perseguições. «Sendo governadora civil sou responsável neste distrito pela coordenação das polícias e posso dizer que não seria a PSP que iria impedir o sindicato de se manifestar, não é esse o espírito. Não houve nenhuma ordem nesse sentido», salientou.

A denúncia do SPRC levou o ministro da Administração Interna a instaurar um processo de averiguações para apurar os factos ocorridos na Covilhã e suscitou reacções por parte do Sindicato dos Profissionais de Polícia que considerou que a PSP está a ser «o bode expiatório da hostilidade dos sindicatos para com o primeiro-ministro».

O secretário-geral da CGTP-IN, Carvalho da Silva, classificou a visita dos agentes policiais à sede sindical dos professores como «um atentado claro e inequívoco à democracia».

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