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Somália: 50 civis morrem durante combates

Conflitos opõe o exército etíope aos rebeldes

Meia centena de civis foram mortos este sábado, em Mogadíscio, em combates opondo o exército etíope e rebeldes, nomeadamente das milícias islâmicas, informou o director de uma organização não governamental somali, noticia a Lusa.

«Pelo menos 52 civis foram mortos apenas durante os combates de hoje», afirmou Sudan Ali Ahmed, director de Elman Peace and Human Rights Organisation, uma ONG de defesa dos direitos humanos.

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«Isso eleva para 165 o balanço de mortos durante os últimos quatro dias de confrontações» entre o exército etíope e as milícias islâmicas, acrescentou.

O activista disse não compreender «o silêncio da comunidade internacional e das Nações Unidas, enquanto estão a ser massacrados civis em Mogadíscio».

Utilizando tanques, os soldados etíopes tomaram posição perto do palácio presidencial, no sul de Mogadíscio, de onde bombardearam vários supostos refúgios de insurrectos em vários pontos da capital, o que levou os rebeldes islamistas a ripostarem com fogo também de artilharia.

Estes intensos combates entre as duas partes, que se confrontam num clima muito tenso desde o início do mês, entraram hoje no seu quarto dia.

O exército etíope intervém na Somália, oficialmente desde finais de Dezembro de 2006, para neutralizar os tribunais islâmicos, que apelaram à guerra santa contra o regime de Addis Abeba.

Pelo menos 113 civis morreram e 229 ficaram feridos nos três primeiros dias de combates, segundo dados dos hospitais.

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Quanto aos desalojados de Mogadíscio, com cerca de um milhão de habitantes, ascendem, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), a 321.000, dos quais 218.000 só esta semana.

O Departamento de Estado norte-americano está convicto de que por trás da vaga de violência em Mogadíscio estão operacionais da rede terrorista Al-Qaida.

Em Asmara, capital da vizinha Eritreia, ex-líderes islamitas somalis, chefiados por Sheikh Ahmed, apelaram à retirada incondicional das tropas etíopes do seu país.

Addis Abeba, que interveio na Somália face à ofensiva islamita, precisou sexta-feira num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros estar empenhada na criação de um «governo pacífico e estável» em Mogadíscio.

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