De acordo com o Boletim Económico da Primavera divulgado ontem pelo Banco de Portugal, a receita com impostos aumentou 6,1 por cento entre 2005 e 2006. Mas se esta é uma boa notícia para as contas do Estado, o mesmo não se pode dizer em relação às famílias.
A par dos impostos, os portugueses viram-se confrontados com a subida dos juros e com a estagnação dos salários, avança o «Correio da Manhã».
PUB
O Banco de Portugal, liderado por Vítor Constâncio, destaca que os impostos sobre o rendimento e o património aumentaram 7,5 por cento «em consequência do efeito desfasado das medidas relativas ao IRS incluídas no Orçamento do Estado de 2005 e dos bons resultados de alguns grandes contribuintes em 2005, reforçado pelo aumento da eficácia da administração fiscal».
Os impostos sobre a produção e a importação, «cuja colecta foi muito influenciada pelas subidas da taxa normal do IVA» e do ISP, contribuíram para o aumento da receita fiscal com uma evolução de 7,3 por cento.
Já a receita de contribuições sociais manteve-se estável, embora a instituição presidida por Vítor Constâncio note que «as contribuições do regime geral registaram um crescimento superior ao da massa salarial do sector privado».
PUB