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Indústria da aviação comercial vai viver dias de «tempestade»

Crise do crédito, flutuações do preço dos combustíveis e das taxas de câmbio, bem como a acentuada desaceleração económica, criaram um período muito turbulento no sector

A Indústria da aviação comercial deverá viver, no próximo ano, perdas e fracassos significativos no sector, de acordo com previsões da Deloitte.

Apesar da actual redução do preços dos combustíveis poder permitir «um breve período de menor pressão» nas companhias aéreas, «o corte na capacidade e número de rotas aéreas vai continuar, reflexo da contínua queda das viagens de negócios e do colapso da confiança dos consumidores», que representa um declínio nas viagens de lazer em 2009, avança o Executive Report da Deloitte,

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A crise do crédito, as flutuações do preço dos combustíveis e das taxas de câmbio, bem como a acentuada desaceleração económica, criaram «um período muito turbulento no sector», diz o mesmo responsável.

Actual cenário propício a consolidação

Face a este cenário, a principal tendência é «a consolidação das companhias aéreas, por uma questão de sobrevivência e pela necessidade de reduzir custos».

O esforço de consolidação já está a ocorrer na Europa e nos Estados Unidos, ainda que existam restrições de propriedade que impedem as companhias aéreas de adquirirem o controlo de interesses sobre outra. Contudo, recentes especulações apontam para o possível cenário de companhias europeias, em situações complexas, «poderem vir a ser compradas por empresas sediadas no Médio Oriente ou na Rússia» Estas movimentações podem, ainda, colocar em causa o acordo bilateral entre a Europa e os Estados Unidos, o Open Skies, e abrir a porta a «uma abertura total em 2010».

O Executive Report da Deloitte, diz ainda que o decréscimo do número global de passageiros, desde Agosto de 2008, está «a alterar a relação de forças entre aeroportos e companhias aéreas», especialmente no Reino Unido.

«Assiste-se à subida dos preços das taxas e dos encargos ligados com as aterragens, uma tendência impulsionada pelo excesso de procura pelos principais aeroportos europeus. O sucesso do negócio dos aeroportos está, assim, mais dependente do sucesso das companhias, ficando com uma menor capacidade negocial sobre tarifas», remata.

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