O presidente da Associação dos Administradores Hospitalares considerou que o ambiente de «pouca aceitação» relativamente a Correia de Campos, enquanto ministro da Saúde, «não foi justo». Manuel Delgado defendeu que as suas políticas foram «ajustadas» e que com Ana Jorge, à frente do Ministério, estas não deverão mudar, pelo menos no essencial.
«Acho que as políticas de Correia de Campos foram no essencial ajustadas do ponto de vista de introduzir mais racionalidade no sistema de saúde e é evidente que são políticas muito difíceis de aceitar pela opinião pública e de certa forma antipáticas», disse o dirigente à rádio TSF.
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Para Manuel Delgado, «a explicação dessas medidas o timing da sua realização, a forma como foram programadas, poderá ter provocado em algumas zonas do país comoção». Este cenário criou, para o presidente da Associação dos Administradores Hospitalares, «um ambiente de pouca aceitação do ministro», que considera «que não foi justo para ele»
«Do ponto de vista político teve este resultado que era relativamente expectável», sublinhou. «Estava um ambiente muito difícil para o ministro».
Já sobre Ana Jorge, que assume a pasta, Manuel Delgado descreveu-a como «uma pessoa do Serviço Nacional de Saúde que o vai defender, que vai manter o sentido das reformas que estão em curso, com certeza com um perfil diferente».
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«Provavelmente terá uma forma mais calma, mais serena, menos reactiva de ver os problemas e menos emotiva», afirmou.
O responsável disse ainda não esperar grandes alterações na direcção das políticas para o sector. «Às vezes o estilo marca mais a diferença do que a substâncias das coisas».
«No essencial, as políticas de saúde estão relativamente traçadas e penso que não vai haver mudanças substanciais na política», concluiu.
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