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Espanhóis devem investir mais de 2 mil milhões em Portugal

Câmara de Comércio e Indústria Luso Espanhola estuda as empresas de capital espanhol no país

As empresas espanholas devem investir mais de 2 mil milhões de euros em Portugal nos próximos quatro anos, tornando o país vizinho num dos maiores investidores estrangeiros.

«Contabilizando os novos projectos de investimento espanhol previstos para o nosso país, é de esperar uma forte aposta de grupos espanhóis, tendo em conta projectos como o da La Seda, da Repsol, Pesacanova, Chamartín ou o da Abertis», refere um estudo da Câmara de Comércio e Indústria Luso Espanhola (CCILE) sobre as «Empresas de capital espanhol em Portugal».

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De acordo com a CCILE, com estas cinco sociedades, esperam-se investimentos na ordem dos 2 mil milhões de euros para os próximos quatro anos, para além de outros de menor dimensão.

O presidente da instituição, Enrique Santos, no almoço/conferência para apresentação do estudo, salientou ainda que Espanha já ultrapassou a França em termos de investimento directo dirigido a Portugal (IDE), ocupando a terceira posição em 2007. À frente fica apenas a Alemanha e o Reino Unido.

Espanhóis consideram lei laboral portuguesa «rígida»

No entanto, o responsável realçou os problemas identificados por estas empresas no nosso país e que constituem entraves á sua entrada. «O principal problema apontado pelas empresas espanholas é a rigidez da lei laboral», comentou.

Por outro lado, o responsável considera que no que toca às licenças, Portugal melhorou significativamente graças ao esforço da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

Espanha é ainda «o maior parceiro comercial do nosso país, absorvendo 29% das nossas exportações e, mesmo este ano, as vendas para os vizinhos continuam a crescer a bom ritmo», considera a CCILE. A instituição tem em conta que, em 2007, as exportações portuguesas totalizaram os 9.070 milhões de euros (mais 5,9%), enquanto que as importações ascenderam a 15.173 milhões (mais 3,1%), um diferencial que Enrique Santos considera «normal».

«Há empresas espanholas que não produzem cá, mas que compram em Portugal muitas das máquinas industriais para a sua actividade em Espanha. Isto significa que quanto de melhor saúde estiver a economia espanhola e os grupos espanhóis que cá estão, mais vendas podem realizar as empresas portuguesas e maior capacidade de absorver trabalhadores terão os grupos espanhóis», refere o estudo.

E acrescentam: «A dependência das duas economias é muito grande e diversificada».

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