Já fez LIKE no TVI Notícias?

PP: Jardim abre «crise desnecessária»

Ribeiro e Castro diz que decisão pode ser muito negativa do «ponto de vista económico e social»

O líder do CDS-PP, José Ribeiro e Castro, afirmou hoje que a demissão do presidente do Governo regional da Madeira, Alberto João Jardim, representa «uma crise esperada mas desnecessária» na região.

«É uma crise esperada mas desnecessária que corre o risco de agravar no imediato o quadro de incerteza na região autónoma e criar um vazio temporário que pode ser muito negativo do ponto de vista económico e social», afirmou Ribeiro e Castro, em declarações à Lusa.

PUB

O presidente do governo regional da Madeira, Alberto João Jardim, anunciou hoje a demissão do cargo que ocupa desde 1978, em protesto contra a nova lei das Finanças Regionais, mas garantindo que irá recandidatar-se ao cargo no próximo acto eleitoral.

O CDS-PP, que se absteve na votação da lei na Assembleia da República, admitiu ter algumas reservas em relação ao diploma, mas considerou que a demissão de Jardim «é uma instrumentalização de diferenças políticas que causa prejuízo ao normal funcionamento da região».

Ainda assim, o líder democrata-cristão garantiu que o seu partido está disponível para disputar eleições, pedindo o reforço da posição do CDS.

«Queremos um reforço assinalável da representação do CDS na região e da capacidade de influência dos nossos dirigentes», apelou Ribeiro e Castro, salientando que é necessário abrir a Madeira a «um novo rumo».

Para o líder do CDS-PP, é essencial que os madeirenses respondam, nas próximas eleições, a uma pergunta colocada pelo próprio João Jardim há cerca de um ano: «Será que a Madeira é auto-viável?».

PUB

«No nosso entender sim, a Madeira é auto-viável mas com novas políticas, com um novo rumo, que passa por menos investimento público e mais investimento privado», defendeu.

Ribeiro e Castro sublinhou que, «para que não fique tudo na mesma», «é indispensável que resulte [das eleições] um governo regional que não só enfrente as dificuldades mas que vença as dificuldades».

A lei das Finanças Regionais esteve no centro de um braço-de-ferro entre o primeiro-ministro, José Sócrates, e Alberto João Jardim, que pediu, sem êxito, ao Presidente da República, Cavaco Silva, que vetasse a lei.

O corte nas transferências para a Madeira, que atingirá os 34 milhões d e euros já em 2007, tem sido um dos aspectos mais criticados pelo PSD e pelo líder regional madeirense.

A lei foi aprovada no Parlamento a 30 de Novembro de 2006 com os votos do PS, a abstenção do CDS-PP e os votos contra do PSD, PCP e Bloco de Esquerda.

PUB

Últimas