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Tua: corrente e águas turvas dificultam buscas

Quarto dia de operações para encontrar corpo do maquinista

A corrente forte e as águas turvas são o principal obstáculo encontrado pelos mergulhadores que pelo quarto dia consecutivo procuram o corpo do maquinista da carruagem que caiu ao rio Tua na passada segunda-feira, noticia a agência Lusa.

Leonel Afonso, chefe de gabinete do Governador Civil de Bragança, que está a coordenar as operações de resgate, referiu que para facilitar o trabalho das equipas foi conjugada uma acção entre a Ponte Açude, no rio Tua, em Mirandela, e a barragem de Bagaúste, no rio Douro, com vista à redução do caudal do Tua.

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Às 13:00 o caudal do rio já tinha baixado cerca de um metro.

As operações estão concentradas numa zona entre 1,5 e dois quilómetros a jusante do local do acidente, onde durante a manhã de hoje mergulharam 15 homens das corporações de Bragança, Lamego, Mirandela, Carrazeda de Ansiães e Macedo de Cavaleiros.

As acções dos mergulhadores da armada (nove elementos) estão concentradas junto à foz do rio Tua, onde há alguns anos se afundou um batelão numa área próxima da margem direita, por baixo de uma ponte.

Os mergulhadores estão a tentar entrar nesta embarcação.

No terreno estão 129 operacionais, entre bombeiros, GNR, Polícia Marítima e Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

No total estão a participar nas operações 22 mergulhadores, 12 botes, um helicóptero e seis equipas cinotécnicas (com cães) da GNR.

Carlos Martins, 2º comandante dos bombeiros de Bragança, foi quem encontrou o corpo do funcionário da CP na quinta-feira e é o espelho do empenho e motivação para encontrar o único corpo ainda desaparecido.

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O responsável explicou que o corpo encontrado quinta-feira foi avistado no decorrer de uma observação de helicóptero que estava a ser feita durante uma descida de mergulhadores ao rio, uma operação que está a ser repetida hoje.

Os mergulhadores procuram chegar aos locais onde ainda não foram feitas buscas, áreas de difícil acesso (por terra é quase impossível aceder) onde existem muitas fragas e poços.

Carlos Martins referiu ainda que a diminuição do caudal do rio está a facilitar o trabalho dos mergulhadores, permitindo maior visibilidade.

Salientou que a corrente forte e a margem muito acidentada são as principais dificuldades encontradas pelos homens que participam nas buscas.

Nas áreas de maior acalmia do caudal do rio foram também efectuados mergulhos de profundidade, mas até ao momento sem sucesso.

As buscas para encontrar o maquinista do comboio que segunda-feira caiu ao rio Tua recomeçaram hoje de manhã, depois de quinta- feira ter sido encontrado o cadáver de um dos desaparecidos, o bilheteiro da estação do Tua.

A composição do Metro de Mirandela ao serviço da CP descarrilou quando fazia a ligação entre Tua e Mirandela, arrastando os cinco ocupantes por uma ravina com cerca de 60 metros.

O balanço até hoje é de dois mortos, dois feridos e um desaparecido.

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