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Televisões pedem a regulador que esteja atento a ameaças

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Responsáveis da RTP, SIC e TVI pediram esta quinta-feira ao regulador que esteja atento às ameaças ao sector.

«A ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social) é uma das autoridades mais musculadas do ordenamento jurídico. Importa que aja contra todas as ameaças», sublinhou o director-geral de informação da TVI, José Eduardo Moniz, sublinhando ser preciso que «a cultura da regulação não se torne na regulação da cultura».

Já o director de informação da RTP, Luís Marinho, subscreveu a importância da regulação externa «enquanto não tivermos meios de auto-regulação». A ERC deve, por isso, reger-se no seu entender pelos critérios de «responsabilidade», «transparência» e «equidade».

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Para o director de informação da SIC, Alcides Vieira, «o direito de cidadania existe e há uma correlação constante entre media e o público. O futuro dos media passa cada vez mais por aqui», referiu.

Reunidos num encontro promovido pela ERC, que decorreu esta quinta-feira em Belém, os três responsáveis traçaram um retrato do cenário televisivo, realçando problemáticas quanto ao futuro da regulação.

RTP: Ordem dos Jornalistas desejável

Para o director de informação da RTP, Luís Marinho, «longe vão os tempos em que a informação do Estado seguia o poder político».

«As televisões privadas foram uma revolução. Entrámos na era da concorrência. Por causa delas, a televisão do Estado mudou, nem sempre pelo melhor caminho, mas mudou», disse o responsável.

O director de informação da RTP, defensor da auto-regulação, sublinhou discordar «da cultura de impunidade» e de direcções unipessoais, além de apelar à criação de uma Ordem dos Jornalistas.

SIC: Direito de Resposta gera abusos

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Para o director de informação da SIC, Alcides Vieira, «o Direito de Resposta é uma reacção à verdade jornalística», mas costuma ser alvo de abusos por pessoas «que se querem auto-promover ou promoverem marcas».

«O jornalismo não é tão mau como por vezes é percepcionado», sublinhou.

Para o porta-voz da SIC neste encontro, as novas tecnologias, e em particular a Internet, criaram um «espaço aberto» que vai exigir outras formas de entendimento entre «quem lê e quem escreve».

«Até que ponto a Internet não revoluciona os direitos actuais?», questionou Alcides Vieira.

TVI: Entendimento entre canais «é possível»

Já o director-geral da TVI, José Eduardo Moniz, defende que a regulação deve partir de «alguém que tenha um nascimento insuspeito e que possa proporcionar um serviço de verdade e de qualidade».

O director avançou mesmo que é possível haver entendimento entre os canais quando há interesses comuns, como a recente classificação etária dos programas ou os acordos para debates eleitoriais.

«Não temos nada contra a regulação. Não queremos é reguladores que funcionem em consonância connosco nem contra nós», realçou.

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