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PT: trabalhadores reivindicam aumentos salariais

Representantes criticam administração por estar a substituir aumento por um prémio anual de 150 euros para todos os funcionários

Dirigentes da Comissão de Trabalhadores (CT) da Portugal Telecom (PT) e de um sindicato estão concentrados junto ao edifício da operadora, em Lisboa, onde decorre a Assembleia Geral, para reivindicar aumentos salariais.

Com uma faixa onde exigem respeito pelos direitos dos trabalhadores, os representantes da CT e do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) criticam a PT por não aumentar este ano os trabalhadores que ganham mais de 900 euros (inclusive) e por estar a substituir este aumento por um prémio anual de 150 euros para todos os funcionários.

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«Isto abre um precedente que os [administração da PT] pode levar a substituir os aumentos por prémios pagos de uma só vez», o afirmou o dirigente do SNTCT, Carlos Lopes, sublinhando que este prémio não conta para efeitos de aposentação.

«Se há dinheiro para dividendos» então tem de haver aumentos para os trabalhadores

Os dirigentes apontam o dedo à administração da PT, que frisam ser uma empresa rentável e sem problemas financeiros, defendendo «que se há dinheiro para dividendos e para pagar milhares de euros à administração», então também tem de haver para os trabalhadores.

«Há [na PT Comunicações] cerca de 8 mil trabalhadores com suspensão de contrato ou na pré-reforma. No activo, estão 6.500. O que é que a PT evoca para não dar aumentos?», questionou o secretário-geral do sindicato, Vítor Narciso.

De acordo com o dirigente sindical, «o que os accionistas de referência querem é o saneamento da empresa a curto prazo, o que acaba por penalizar duas vezes os trabalhadores: por um lado, já descontaram, por outro, não têm aumentos salariais, o que se vai reflectir em reformas mais baixas».

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Apenas 315 trabalhadores serão aumentados em 1 por cento

Vítor Narciso frisou ainda que dos 6.500 trabalhadores no activo, apenas 315 - os que ganham até 900 euros - serão aumentados em 1 por cento.

No início da sessão, a AG da PT tinha 60 por cento do capital representado, a maior participação de sempre, excluindo as assembleias extraordinárias, segundo fonte da operadora de telecomunicações.

Na ordem de trabalhos da AG está a eleição dos membros dos órgãos sociais, a aprovação das contas de 2008 e a deliberação sobre a aquisição e alienação de acções próprias ou de obrigações.

O conselho de administração, presidido por Henrique Granadeiro, deverá passar de 23 para 25 elementos.

Zeinal Bava deverá continuar como presidente da comissão executiva da PT, iniciando o mandato para o triénio 2009-2011 em que estará à frente de uma equipa de sete elementos.

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