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Dez mil contra «Museu Salazar»

Petição contra abertura de museu em Santa Comba Dão conta com 10 mil assinaturas

Maria Barroso e Mesquita Machado contribuíram com as suas assinaturas para as 10 mil que a União dos Resistentes Antifascistas Portugueses(URAP) já recolheu contra a criação do «Museu Salazar» no Vimieiro, Santa Comba Dão, noticia a Lusa.

A recolha das assinaturas teve início a 03 de Março passado, data em que a URAP organizou uma sessão de esclarecimento contra o «museu» em Santa Comba Dão, considerando que este seria, caso concretizada a intenção da câmara local, apenas um centro de romagem para os fascistas e «saudosos do fascismo» portugueses e europeus.

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Dezenas de nomes conhecidos assinaram petição

Entre as 10 mil assinaturas estão dezenas de nomes conhecidos, entre quais os de Maria Barroso, Jerónimo de Sousa, dos presidentes das câmaras de Braga, Mesquita Machado, e de Setúbal, Maria das Dores Meira, ou ainda da cantora Dulce Pontes, do secretário geral da CGTP, Carvalho da Silva, do «resistente» Dias Lourenço e de Manuel Villaverde Cabral.

A lista do nomes vai ser entregue, sem data ainda divulgada, ao Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, para que o Parlamento possa avançar com uma iniciativa que impeça a concretização do museu.

A divulgação da lista de assinatura pela URAP surge a escassos dias da comemoração, no próximo sábado, dia do nascimento de Salazar (28 de Abril de 1889), e quando pela primeira vez uma organização de raiz nacionalista avançou com um pedido à câmara de Santa Comba Dão para uma concentração na cidade para a romagem ao cemitério do Vimieiro onde o ditador «repousa» em Campa Rasa desde Julho de 1970.

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Entretanto, em declarações à Lusa, o presidente da autarquia, João Lourenço, já fez saber que a câmara vai negar o pedido feito pelo Movimento Nacionalista Terra Identidade e Resistência (MNTIR).

Aquando da sessão de esclarecimento da URAP em Santa Comba Dão, a 03 de Março, várias dezenas de populares, onde se encontravam elementos da extrema-direita portuguesa, fizeram uma contra- manifestação em defesa da autarquia na sua intenção de avançar com a criação do espaço museológico dedicado ao Estado Novo e a Salazar que só não degenerou em violência graças ao forte aparato montado pela GNR.

Este espaço está previsto para a casa e a zona envolvente onde nasceu o ditador e principal rosto do regime deposto pela Revolução de Abril de 1974.

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