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Proibida romagem à campa de Salazar

Autarca diz que Santa Comba Dão «dispensa este tipo de manifestações»

O Presidente da Câmara Municipal de Santa Comba Dão não quer que se realize na cidade, no próximo fim-de-semana, «uma concentração e romagem ao túmulo de Salazar», adianta João Lourenço ao DN.

A iniciativa foi convocada pelo «Movimento Nacionalista Terra Identidade e Resistência» (MNTIR), mas João Lourenço entende que «a cidade dispensa este tipo de manifestações».

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A recusa em autorizar a manifestação fica assim «nas mãos da GNR, a quem a câmara pediu esclarecimentos». Acácio Pinto, governador civil de Viseu, também já afirmou que «a autorização cabe à autarquia».

Mas Vítor Ramalho, dirigente do núcleo de Coimbra do MNTIR, que fez o pedido, refere ao DN não entender «uma possível recusa para a concentração», a realizar no próximo sábado, 28, dia de aniversário de Salazar.

Vítor Ramalho lembra que «o Movimento Nacionalista Terra Identidade e Resistência é uma organização política legalizada com estatutos publicados em Diário da Republica».

A concentração foi já contestada pela URAP (União de Resistentes Anti Fascistas) que lembrou que «em Santa Comba Dão está a nascer um santuário fascista que nós repudiamos», afirmou Aurélio Santos, dirigente da organização.

As romagens ao túmulo de Salazar no dia do aniversário do ditador ou na data da sua morte sempre foram habituais em Santa Comba Dão.

Mas um acontecimento recente pode explicar a recusa da câmara, envolvida aliás em grande polémica por defender a criação de um museu dedicado ao ditador, a instalar no Vimeiro, na casa onde nasceu.

No passado 3 de Março, uma sessão pública da União de Resistentes Antifascistas (URAP) a protestar contra o museu, acabou por ser recebida com uma contra-manifestação que misturava alguns elementos de extrema-direita com habitantes da cidade irritados pelo protesto realizado por «gente de fora» contra um «filho da terra».

Os participantes da sessão de protesto contra o museu tiveram que sair do local da reunião debaixo de escolta policial, ameaçados por 800 pessoas que, de ânimos exaltados, sairam à rua em defesa do «seu» Salazar.

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