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Terapias promissoras para problemas cardíacos

Tratamentos com células estaminais adultas apresentados nos EUA

Duas terapias experimentais que recorrem a células estaminais adultas revelaram-se promissoras para tratar o coração danificado por um enfarte do miocárdio, segundo dois estudos divulgados hoje, noticia a Lusa.

Estes resultados de dois ensaios clínicos, ditos de fase um, destinados a avaliar o potencial de um novo tratamento antes de conduzir estudos mais alargados, foram apresentados ao 56º congresso anual do American College of Cardiology (ACC), que reúne cerca de 30 mil especialistas em Nova Orleães, EUA, até 27 de Março.

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Um destes ensaios utilizou, pela primeira vez em cardiologia, células estaminais da medula óssea, segundo o seu principal autor, Joshua Hare, da Faculdade de Medicina da Universidade de Miami, na Florida.

Estas células apresentam várias vantagens, segundo explicou em conferência de imprensa. Podem ser recolhidas de dadores geneticamente diferentes, preparam-se com facilidade e têm tendência para se agrupar nos locais do corpo que sofreram uma lesão.

O investigador conduziu este ensaio clínico em 53 pacientes nos dez dias que se seguiram aos seus ataques cardíacos.

Tratados por via intravenosa com doses diferentes de células estaminais da medula óssea, mostraram «uma melhoria muito clara do funcionamento do seu sistema cardiovascular e dos seus pulmões» seis meses após o início do tratamento, em comparação com um grupo testemunha, que recebeu um placebo, sublinhou Hare.

O segundo estudo foi realizado por Nabil Dib, director da clínica de terapia celular cardíaca da Universidade da Califórnia.

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Utilizou células estaminais musculares, conhecidas como mioblastos, recolhidas dos outros músculos do paciente, que implantou no interior das paredes do coração, nos locais afectados, com a ajuda de um cateter.

Os 23 pacientes envolvidos no estudo tinham o coração muito enfraquecido por um enfarte e em vias de se deteriorar, explicou o médico.

Os 11 doentes a quem implantou até 600 milhões destas células estaminais musculares mostraram «uma melhoria nítida das suas funções cardíacas e da sua qualidade de vida» seis meses após este procedimento simples, que não exige sequer anestesia.

Numa escala de um a quatro (de melhor a pior), o estado dos doentes que receberam as células estaminais musculares passou de 2,8 para 1,4, enquanto os do grupo testemunha, tratados com terapias padronizadas, viram o seu estado deteriorar-se ligeiramente.

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