Dois em cada três portugueses estão preocupados com a ameaça da gripe das aves, sendo Portugal um dos países europeus que menos confia na capacidade de resposta das autoridades em caso de surto, segundo um estudo hoje divulgado.
Um inquérito mundial realizado pela empresa de informação e media Nielsen a mais de 22 mil consumidores em 42 países revelou que mesmo antes do último surto de gripe das aves que atingiu a Europa e o Reino Unido mais de metade dos inquiridos (53 por cento) a nível mundial estavam de «algum modo» ou «muito» preocupados com este problema.
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Em Portugal, onde o estudo se baseou em 500 entrevistas, 61 por cento dos inquiridos afirmaram estar «muito» ou «algo» preocupados com essa ameaça, o que os coloca acima da média de preocupação mundial.
Os portugueses estão também entre os que mais receiam os eventuais efeitos negativos de um surto de gripe das aves na economia local e mundial, com 93 por cento a manifestarem essa preocupação.
Já a nível mundial, esse receio foi manifestado por 81 por cento dos respondentes.
Abaixo dos portugueses, mas claramente acima da média europeia, encontravam-se os italianos (90 por cento), os gregos (89 por cento) e os franceses (87 por cento).
Portugal está ainda entre os países europeus que mais afirmaram que as autoridades nacionais não dispõem de meios para prevenir e vigiar um surto de gripe das aves: turcos (50 por cento), irlandeses (30 por cento) e portugueses (23 por cento).
Relativamente aos resultados do estudo a nível mundial, os dois países mais preocupados com a gripe das aves foram a Indonésia e o Vietname, onde um em cada três consumidores afirmou estar «muito preocupado».
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Um em cada cinco filipinos, outro dos povos mais duramente afectados, manifestou igualmente muita preocupação com a gripe das aves.
Na Europa, os mais preocupados com a doença foram os russos, ao passo que na «preocupação moderada» é Portugal que lidera na Europa, com 55 por cento dos consumidores a indicarem estar de "certo modo preocupados".
Menos preocupação revelaram os povos da Noruega, Suécia e Finlândia, onde 75 por cento dos inquiridos afirmaram não estar absolutamente nada preocupados.
Os países asiáticos são os que menos confiam que as autoridades venham a tomar as medidas adequadas caso seja necessário:
Indonésia (56 por cento), Japão (38 por cento), Coreia (35 por cento), Tailândia (35 por cento), Filipinas (27 por cento) e Hong Kong (23 por cento).
A Nielsen justifica a realização deste estudo com a "magnitude da ameaça" de uma eventual pandemia originada por uma mutação do vírus da gripe das aves que permita a transmissão entre humanos.
Para tal, efectuou um inquérito on-line a 22.781 pessoas em 42 países sobre as atitudes e nível de preocupação dos consumidores acerca da gripe das aves, sendo de 500 entrevistados o universo de portugueses que participaram no estudo.
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