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Imigrantes afastados dos cuidados médicos

Falta de informação e medo da denúncia são as principais causas

A organização «Médicos do Mundo» questionou 835 imigrantes em sete países da União Europeia e concluiu que grande parte dos inquiridos sofre de problemas crónicos, mas apenas um terço está a receber tratamento, avança a SIC Online.

A falta de informação é a principal responsável pelo afastamento destas pessoas dos cuidados médicos. Mais de metade dos imigrantes dizem que não sabem onde se dirigir, e cerca de 25 por cento confessam que têm medo da denúncia. Preferem a doença a ter de sair do país.

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Para além de Portugal, o estudo analisou as condições de saúde de mais seis países: Bélgica, Espanha, França, Grécia, Itália e Reino Unido.

Aos ministros da Saúde da União Europeia, que se reúnem esta terça-feira no Porto, os «Médicos do Mundo» vão levar os resultados e a certeza de que a teoria é bem diferente da prática: os países preocupam-se muito com o lado justo da lei, mas esquecem-se de aplicar a legislação.

Os resultados são prova disso, dos 835 imigrantes inquiridos, 650 deveriam, segundo a lei, ter acesso facilitado aos cuidados de saúde, mas na realidade apenas 200 beneficiam dos direitos.

As soluções

Perante as conclusões, são apresentadas soluções. A organização «Médicos do Mundo» propõe que se separarem as políticas de imigração, das políticas de saúde, permitindo, por exemplo, que imigrantes, ainda que ilegais, possam obter uma autorização de permanência no país com tempo suficiente para receber o tratamento médico necessário.

É preciso também criar meios de apoio aos imigrantes, como por exemplo, a existência de mediadores culturais nos hospitais.

Tudo por uma União mais justa que deve passo a passo criar uma lista de «Boas práticas de saúde e de migração» e uniformizar comportamentos, defende a organização.

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