Investigadores da faculdade de Saúde da Universidade de Harvard, Massachusetts, concluíram que a quantidade de nicotina nos cigarros aumentou 11 por cento em sete anos, confirmando um estudo anterior do departamento de saúde estatal.
Segundo o estudo do departamento de Saúde Pública de Massachussets, divulgado em Outubro, o nível de nicotina no tabaco aumentou entre 1997 e 2005 em média 1,6 por cento ao ano, ou 11 por cento no total dos sete anos.
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«Os cigarros são dispositivos de distribuição de droga feitos para perpetuar a pandemia do tabaco», defendeu Howard Koh, um dos responsáveis de Harvard que trabalhou na análise dos dados fornecidos pelas empresas de tabaco ao depar tamento de Saúde Pública de Massachusetts.
Massachusetts é um dos três estados norte-americanos que exige às tabaqueiras que entreguem informação sobre os ensaios com nicotina e o único que compila dados sobre esta matéria desde 1997.
Ainda assim, de acordo com Howard Koh, «a informação precisa sobre este s produtos (os cigarros) continua secreta, escondida do público».
O estudo examinou 100 marcas de tabaco durante os últimos seis anos e concluiu que a quantidade de nicotina fornecida aos fumadores aumentou, facilitando a adição ao tabaco e tornando mais difícil abandonar o vício.
Gregory Connolly, responsável do programa de investigação e controlo de Tabaco da faculdade de Saúde Pública de Harvard, diz que o aumento das quantida des de nicotina se regista principalmente no tabaco em folha cru.
Para Connolly, as conclusões do estudo levantam a dúvida sobre se as tabaqueiras estão ou não a cumprir o acordo estabelecido em 1998 com os estados em que se comprometiam a promover campanhas para reduzir o consumo de tabaco entre os jovens.
A companhia tabaqueira Philip Morris contestou os resultados do estudo e da análise dos peritos de Harvard, adiantando que os dados fornecidos pela empresa mostram que as quantidades de nicotina nos cigarros da marca Marlboro eram as mesmas em 2006 e 1997.
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