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Valença: revolta nas ruas

Mas ministro da Saúde diz que decisão «ainda não está tomada»

O ministro da Saúde, Correia de Campos, acusou este domingo o presidente da Câmara de Valença de ser o «único responsável» pela contestação popular à exclusão do concelho da rede nacional de urgências.

«É o único responsável por esta situação e tem que acarretar com as consequências», disse Correia de Campos, em entrevista à estação pública de televisão (RTP).

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O ministro da Saúde garantiu, no entanto, que a decisão sobre a exclusão do concelho da rede nacional de urgências ainda «não está tomada», sustentando que «a decisão só é tomada quando for escrita, de forma legal».

A população de Valença cortou este domingo, durante mais de uma hora, o trânsito na ponte internacional que liga aquela localidade a Tui, Espanha, em protesto contra a exclusão do concelho da rede nacional de urgências.

A manifestação, com mais de um milhar de pessoas e encabeçada pelo presidente da Câmara, José Luís Serra (PS), começou com uma marcha lenta desde o centro da vila até à ponte internacional, devidamente autorizada e que previa apenas a ocupação da via no sentido Portugal-Espanha.

Mas alguns dos manifestantes decidiram cortar o outro sentido da via, interrompendo o trânsito na ponte internacional durante mais de uma hora e levando à intervenção da GNR.

Correia de Campos sustentou que quando o presidente da autarquia pediu para ser recebido no Ministério da Saúde, na quinta-feira, já tinha marcado a manifestação.

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«Continuo a estar disponível para o diálogo» disse o ministro, lamentando que o presidente da Câmara de Valença tenha vindo a Lisboa já com a manifestação marcada para hoje.

«Seria mais cómodo para mim e para o Governo manter tudo como está», frisou Correia de Campos à RTP, garantindo que o encerramento das urgências de Valença «não é nenhuma decisão economicista», porque o Estado até vai gastar mais dinheiro, nomeadamente com a criação de mais unidades de saúde familiares, transportes de urgência mais rápidos e urgências básicas mais bem equipadas.

Reconhecendo «que ainda é difícil explicar ás populações» esta opção do Governo, Correia de Campos garante que o objectivo é «servir melhor a população».

Acrescentou que as urgências de Valença recebem, em média, quatro doentes por noite.

Em declarações à Sic Notícias, o ministro também falou da situação e garante que as alterações são o melhor para o concelho.

«Acha que seria lícito deixar em Valença tudo na mesma? O que propus para Valência é muito melhor que aquilo que lá está hoje. Durante o dia, até às 24 horas, haverá uma consulta aberta, haverá um reforço dos meios de evacuação e transporte».

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